Segurança e conformidade em pagamentos: Melhores práticas para elaborar RFPs eficazes

Este guia explora as melhores práticas para tratar de segurança e conformidade em solicitações de proposta (RFPs) de pagamentos.

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Saiba mais 
  1. Introdução
  2. Quais requisitos de segurança e conformidade devem constar em toda RFP de pagamentos?
    1. Certificações e auditorias do setor
    2. Conformidade com PCI DSS
    3. Proteção e privacidade dos dados
    4. Prevenção a fraudes
    5. Resposta a incidentes e recuperação de desastres
    6. Cobertura de conformidade global
    7. Controles essenciais de segurança de dados
    8. Pagamentos móveis e em aplicativos
    9. Relatórios e auditabilidade
  3. Como escrever requisitos de PCI DSS em uma RFP de pagamentos?
    1. Seja explícito sobre nível e comprovação
    2. Insista em conformidade contínua
    3. Esclareça responsabilidades compartilhadas
  4. Quais perguntas básicas de proteção de dados e privacidade devo fazer aos fornecedores?
    1. Onde os dados são armazenados e processados?
    2. Como dados pessoais são protegidos?
    3. Quais leis de privacidade vocês cumprem e quais contratos comprovam isso?
    4. Qual é a política de retenção e exclusão?
    5. Quem são seus subprocessadores e como são avaliados?
    6. Qual é o processo de notificação de incidentes?
  5. Como avaliar a prevenção de fraudes de um fornecedor em uma RFP?
    1. Sistemas de detecção de fraude
    2. Autenticação forte do cliente
    3. Métricas rastreadas
    4. Capacidade de personalização
    5. Proteção em diferentes métodos
    6. Tratamento de disputas
  6. Quais detalhes de resposta a incidentes e recuperação de desastres os fornecedores devem fornecer?
    1. Planos de resposta a incidentes
    2. Comunicação em caso de violação
    3. Planos de recuperação de desastres e continuidade de negócios
    4. Infraestrutura de backup
  7. Como perguntar sobre requisitos de conformidade global em uma RFP?
    1. PSD2 e Autenticação Forte do Cliente
    2. Proteção de dados e GDPR
    3. Sanções e triagem de listas (OFAC)
    4. Regulamentações regionais e localização
    5. Licenciamento e supervisão regulatória
  8. O que devo exigir dos fornecedores em relação a criptografia, tokenização e autenticação?
    1. Criptografia
    2. Tokenização
    3. Autenticação e o controle de acesso
    4. Autenticação voltada ao cliente
  9. Como incluir requisitos de segurança para pagamentos móveis e em aplicativos em uma RFP?
    1. SDKs compatíveis com PCI
    2. Suporte a carteiras e plataformas
    3. Proteções do dispositivo e do app
    4. Atualizações e testes
  10. Quais recursos dos relatórios e auditoria devem ser solicitados em uma RFP de pagamentos?
    1. Relatórios financeiros e de transações
    2. Trilhas de auditoria de atividades do sistema
    3. Suporte a auditorias externas de conformidade
    4. Monitoramento em tempo real e alertas
    5. Acesso e retenção de dados
  11. Quais sinais de alerta em respostas de fornecedores a uma RFP indicam falhas em segurança ou conformidade?
    1. Linguagem vaga
    2. Falta de validação independente
    3. Planos de resposta a incidentes pouco claros
    4. Transferência de responsabilidade
    5. Práticas desatualizadas
    6. Contradições ou promessas excessivas
  12. Como o Stripe Payments pode ajudar

Em 2024, 35,5% das violações estavam relacionadas a fornecedores terceirizados — e, quando se trata de processadores de pagamento, esse tipo de falha traz riscos ainda maiores. É por isso que segurança e conformidade são inegociáveis em qualquer RFP de pagamentos. Sua RFP deve estabelecer como o provedor protege dados sensíveis, em quanto tempo responde a incidentes e quão bem consegue ajudar você a cumprir exigências regulatórias. É essencial fazer as perguntas certas desde o início e exigir respostas acompanhadas de provas. A seguir, abordamos as melhores práticas para avaliar segurança e conformidade em RFPs de pagamentos.

O que há neste artigo?

  • Quais requisitos de segurança e conformidade devem estar em toda RFP de pagamentos?
  • Como escrever requisitos de PCI DSS em uma RFP de pagamentos?
  • Quais perguntas básicas de proteção de dados e privacidade devo fazer aos fornecedores?
  • Como avaliar a prevenção de fraudes de um fornecedor em uma RFP?
  • Quais detalhes de resposta a incidentes e recuperação de desastres os fornecedores devem fornecer?
  • Como perguntar sobre requisitos de conformidade global em uma RFP?
  • O que exigir dos fornecedores em criptografia, tokenização e autenticação?
  • Como incluir requisitos de segurança para pagamentos móveis e em aplicativos em uma RFP?
  • Quais recursos de relatórios e auditoria devem ser solicitados em uma RFP de pagamentos?
  • Quais sinais de alerta em respostas de fornecedores indicam falhas em segurança ou conformidade?
  • Como o Stripe Payments pode ajudar

Quais requisitos de segurança e conformidade devem constar em toda RFP de pagamentos?

Ao elaborar uma RFP de pagamentos, a seção de segurança e conformidade define as expectativas mínimas que qualquer fornecedor sério deve cumprir. Sua RFP deve forçar os provedores a demonstrar segurança forte e validada de forma independente em todas essas áreas.

Aqui está o que sempre deve estar presente.

Certificações e auditorias do setor

Solicite aos fornecedores provas de certificações e auditorias: PCI DSS (Padrão de Segurança de Dados da Indústria de Cartões de Pagamento) para dados de cartões, ISO/IEC 27001 para segurança da informação e SOC 2 Tipo II para controles operacionais. Essas certificações atestam que auditores externos examinaram as práticas do fornecedor.

Conformidade com PCI DSS

Exija que o fornecedor esteja em conformidade com o PCI DSS no nível mais alto aplicável a provedores de serviço (Nível 1). Solicite o Atestado de Conformidade (AOC) emitido por um Avaliador de Segurança Qualificado (QSA) como comprovação formal.

Proteção e privacidade dos dados

Pergunte como o fornecedor protege todas as informações dos clientes, incluindo dados pessoais, endereços de cobrança e identificadores. Pergunte onde os dados são armazenados geograficamente, como são criptografados e como o acesso é controlado. Exija que assinem um Acordo de Processamento de Dados e que estejam em conformidade com leis de privacidade como GDPR e CCPA.

Prevenção a fraudes

Inclua questões sobre as capacidades de prevenção de fraudes. Eles utilizam aprendizado de máquina, motores de regras e autenticação 3D Secure? Como equilibram combate à fraude e altas taxas de aprovação? A resposta deve transmitir confiança de que podem ajudar a reduzir estornos e perdas sem frustrar clientes legítimos.

Resposta a incidentes e recuperação de desastres

Todo fornecedor deve ter um plano para violações e quedas de serviço. Pergunte como detectam e respondem a incidentes, em quanto tempo notificam você se seus dados forem comprometidos e quais são seus objetivos-chave de recuperação (RTO ou RPO).

Cobertura de conformidade global

Se sua empresa atua internacionalmente, o provedor deve lidar com regulamentações locais para evitar surpresas. Pergunte sobre PSD2 e Autenticação Forte do Cliente na Europa, verificações de sanções nos EUA e regras de localização de dados em países como a Índia. Um fornecedor global deve apontar sistemas concretos e licenças que cobrem essas exigências.

Controles essenciais de segurança de dados

Deixe explícito o que espera em criptografia, tokenização e autenticação. Dados devem ser criptografados em trânsito e em repouso com padrões modernos; informações sensíveis devem ser tokenizadas para que você nunca as manipule diretamente; e os sistemas do fornecedor devem impor autenticação forte para usuários internos.

Pagamentos móveis e em aplicativos

Se seu negócio depende de mobile, inclua requisitos específicos para esse ambiente. Pergunte sobre a segurança dos kits de desenvolvimento de software (SDKs), se os dados sensíveis passam direto para os servidores do provedor para reduzir escopo PCI e como oferecem suporte a carteiras digitais como Apple Pay e Google Pay.

Relatórios e auditabilidade

Os fornecedores devem disponibilizar relatórios de transações, análises de fraudes e disputas, além de logs de auditoria que rastreiem ações administrativas. Você deve ter acesso suficiente aos dados para realizar auditorias próprias e cumprir suas obrigações de conformidade.

Como escrever requisitos de PCI DSS em uma RFP de pagamentos?

O PCI DSS é a norma global para dados de cartões. Em sua RFP, o cumprimento desse padrão deve aparecer como uma cláusula contratual. Exija certificação de Nível 1 com comprovação e garanta que o fornecedor se comprometa a manter a conformidade conforme o padrão evolui.

Aqui está como garantir que a redação da sua RFP não deixe margem para dúvidas.

Seja explícito sobre nível e comprovação

Declare claramente que os fornecedores precisam estar em conformidade com o PCI DSS como Provedor de Serviços Nível 1. Esse é o selo de qualidade que prova atuação no nível mais alto.

Insista em conformidade contínua

Os requisitos do PCI DSS se atualizam ao longo do tempo. Na sua RFP, pergunte como o fornecedor se mantém atualizado: “Confirme que vocês mantêm a conformidade PCI durante todo o contrato e expliquem como se adaptam às novas versões do PCI DSS.” A resposta deve citar auditorias anuais, varreduras trimestrais e monitoramento contínuo.

Esclareça responsabilidades compartilhadas

Mesmo com um provedor em conformidade, parte das obrigações PCI permanece com você. Especifique isso na RFP: “Quais requisitos do PCI DSS continuam sob nossa responsabilidade e como vocês nos apoiam para cumpri-los?” Prefira fornecedores que ajudem a reduzir esse encargo, oferecendo, por exemplo, questionários de autoavaliação PCI já preenchidos (SAQs) ou orientações detalhadas.

Quais perguntas básicas de proteção de dados e privacidade devo fazer aos fornecedores?

Nomes, endereços, e-mails e IDs de dispositivos também são dados sensíveis. O parceiro certo será capaz de indicar exatamente onde essas informações ficam armazenadas, como são protegidas, por quanto tempo são mantidas e o que acontece em caso de incidente.

Estas são as perguntas que devem ser feitas.

Onde os dados são armazenados e processados?

A jurisdição é crucial. Solicite que os fornecedores indiquem os países onde os dados residem e se oferecem opções de hospedagem local. Uma resposta transparente nomeará os locais, explicará os marcos legais aplicáveis e descreverá como ocorrem transferências internacionais.

Como dados pessoais são protegidos?

Criptografia, controles de acesso e monitoramento devem aparecer imediatamente. Pergunte sobre os métodos exatos: AES-256 para dados em repouso, TLS 1.2+ para dados em trânsito e acesso baseado em função com princípio de privilégio mínimo. Pressione por detalhes sobre registros de auditoria: quem acessou quais informações, quando e com qual propósito. Você precisa de provas de que cada ponto de contato é monitorado.

Quais leis de privacidade vocês cumprem e quais contratos comprovam isso?

Os fornecedores devem ser explícitos sobre conformidade com GDPR, CCPA e outras leis aplicáveis. A RFP deve exigir um Acordo de Processamento de Dados em conformidade com o GDPR e evidências de como lidam com os direitos dos titulares, como acesso e exclusão. Se tiverem certificações ou participarem de frameworks reconhecidos, isso deve pesar na avaliação.

Qual é a política de retenção e exclusão?

Pergunte por quanto tempo mantêm os dados pessoais e transacionais e quais processos existem para excluir ou anonimizar. Procure políticas estruturadas: prazos específicos de retenção, exclusões automáticas e capacidade de atender rapidamente pedidos de deleção.

Quem são seus subprocessadores e como são avaliados?

Se o fornecedor depende de provedores de nuvem ou terceiros, deve divulgar quem são e demonstrar que esses parceiros seguem os mesmos padrões. Respostas fortes descrevem a diligência prévia, obrigações contratuais e certificações exigidas dos subprocessadores.

Qual é o processo de notificação de incidentes?

Solicite a política escrita para comunicação de incidentes. Pergunte sobre os prazos (em quantas horas você será informado de uma violação) e quais detalhes serão fornecidos. As melhores respostas incluem canais de comunicação claros e relatórios pós-incidente com etapas de correção.

Como avaliar a prevenção de fraudes de um fornecedor em uma RFP?

Cada ponto percentual de fraude que passa despercebido pode reduzir receita e prejudicar a confiança do cliente. Cada falso positivo que bloqueia uma transação legítima pode representar perda de vendas. Em relação à prevenção de fraudes, os fornecedores mais competentes fornecem detalhes específicos: modelos de aprendizado de máquina treinados em bilhões de dados, painéis configuráveis, taxas concretas de fraude e fluxos de autenticação embutidos. Eles reconhecem o equilíbrio entre evitar fraude e manter conversão, mostrando como ajudam você a gerenciar isso.

Aqui estão os pontos que precisam ser avaliados.

Sistemas de detecção de fraude

Peça que os fornecedores expliquem seus sistemas de detecção de fraudes em detalhe. Procure uma abordagem em camadas: aprendizado de máquina baseado em grandes volumes de dados, regras configuráveis, impressão digital de dispositivos, verificações de velocidade (velocity checks) e sinais comportamentais. Os melhores provedores combinam pontuação automatizada com revisões manuais e ciclos de feedback. Se mencionarem dados de consórcio (sinais reunidos de várias empresas), é um bom indício de que os modelos aprendem com um campo mais amplo do que apenas suas próprias transações.

Autenticação forte do cliente

O controle antifraude está diretamente ligado à autenticação. Exija que os fornecedores descrevam como oferecem suporte a métodos como 3D Secure, códigos de uso único ou verificações biométricas. Para empresas na Europa, isso é um requisito do PSD2. Mesmo fora desse mercado, dispor de autenticação reforçada é essencial para transações de risco elevado. Você precisa de fornecedores que permitam ativar esses fluxos sem que sua equipe precise desenvolvê-los.

Métricas rastreadas

Solicite métricas como taxas de fraude, índices de estornos (chargebacks), taxa de falsos positivos e índices de aprovação. O que você busca é um provedor que saiba explicar os trade-offs: altas taxas de aprovação junto a baixas fraudes e pouca fricção. Se oferecem programas de proteção contra estorno ou de transferência de responsabilidade, isso mostra confiança, mas ainda assim você precisa entender como alcançam os resultados.

Capacidade de personalização

Cada empresa possui seu próprio nível de tolerância a riscos. Algumas priorizam conversão máxima mesmo com mais disputas; outras preferem desafiar mais clientes para reduzir fraudes. Pergunte se você pode personalizar regras de fraude, ajustar limites de risco e criar listas brancas ou negras para certos cenários. Fornecedores maduros fornecem painéis onde você pode criar regras como “sinalizar transações acima de US$ 5.000 de um novo cliente” ou “exigir 3D Secure para todos os pedidos iniciais de determinado país”. Essa flexibilidade é sinal de maturidade.

Proteção em diferentes métodos

Fraudes ocorrem em todos os canais: pagamentos em tempo real, carteiras digitais, compre agora, pague depois (BNPL), entre outros. Sua RFP deve questionar como o fornecedor monitora esses métodos. Eles verificam contas bancárias, rastreiam destinatários de repasses contra listas de sanções ou detectam tomadas de conta (account takeover)? Se o fornecedor só fala em fraude com cartões, você pode ficar exposto em outros pontos.

Tratamento de disputas

Prevenção de fraudes e gestão de disputas caminham juntas. Pergunte como o fornecedor auxilia nas respostas a estornos: eles compilam evidências automaticamente, fornecem alertas de disputa ou oferecem análises sobre causas principais? Mesmo os melhores sistemas não impedem tudo, por isso a capacidade de mitigar os impactos quando a fraude acontece também é fundamental.

Quais detalhes de resposta a incidentes e recuperação de desastres os fornecedores devem fornecer?

A forma como um fornecedor se prepara para falhas e interrupções revela muito sobre sua maturidade. A resposta ideal inclui um plano de resposta a incidentes testado, notificação rápida de violações, objetivos de recuperação mensuráveis, infraestrutura pensada para resiliência e protocolos de comunicação que mantêm você informado. Prazos, métricas e frequência de testes sinalizam preparação.

Veja o que precisa ser solicitado.

Planos de resposta a incidentes

Peça aos fornecedores que forneçam seu manual para lidar com incidentes de segurança. Uma boa resposta fará referência a um plano formal que cobre detecção, contenção, investigação e recuperação. Os melhores fornecedores testam esses planos com simulações regulares ou exercícios práticos e os atualizam após incidentes reais. Você precisa de um parceiro cujo processo já tenha sido praticado pelas equipes.

Comunicação em caso de violação

Exija detalhes concretos: “Em quantas horas vocês nos informarão sobre uma violação confirmada? Quais informações serão fornecidas?” Fornecedores sólidos se comprometem com um prazo claro (por exemplo, 24 a 72 horas) e descrevem o conteúdo da comunicação: escopo, dados afetados, etapas de correção e atualizações contínuas. Solicite também clareza sobre caminhos de escalonamento e pontos de contato. Quem ligará para você, com que frequência e por qual canal? Haverá compartilhamento de uma análise da causa raiz após o incidente? Você precisa de um parceiro que o trate como aliado no processo de recuperação.

Planos de recuperação de desastres e continuidade de negócios

Pergunte sobre objetivos de tempo de recuperação (RTO) e objetivos de ponto de recuperação (RPO). Essas métricas definem quanto tempo os sistemas levam para voltar ao ar e qual volume de dados pode ser perdido. Procure números concretos e evidências de redundância geográfica (como múltiplos data centers ou regiões em nuvem preparadas para assumir em caso de falha). Fornecedores que não conseguem detalhar isso provavelmente nunca testaram seus planos.

Infraestrutura de backup

Pergunte sobre geradores de energia, múltiplos provedores de internet, failover automático e backups contínuos. Questione também com que frequência testam os processos de failover. Alguns fornecedores publicam análises pós-incidente após quedas de serviço para mostrar transparência — esse nível de abertura é um sinal de confiança.

Como perguntar sobre requisitos de conformidade global em uma RFP?

Se sua empresa atua em diversos mercados (ou pretende atuar), sua RFP deve revelar se um fornecedor consegue de fato manter você em conformidade em todos os lugares onde tem clientes. Os melhores provedores tratam a conformidade como parte integrante do produto: mencionam automação em torno do PSD2, práticas concretas de privacidade, checagem de sanções embutida nos repasses e um portfólio de licenças que cobre os mercados relevantes.

Veja os pontos que precisam ser abordados para entender se a conformidade está incorporada no nível necessário.

PSD2 e Autenticação Forte do Cliente

A exigência do PSD2 na União Europeia impõe a Autenticação Forte do Cliente para a maioria dos pagamentos eletrônicos. Pergunte diretamente: “Como vocês tratam os requisitos do PSD2, incluindo a Autenticação Forte do Cliente? Como lidam com as isenções?” Um fornecedor confiável confirmará que aplica SCA automaticamente quando obrigatório e que otimiza exceções (pagamentos de baixo valor, beneficiário confiável, pagamentos recorrentes) para evitar barreiras desnecessárias. O detalhe essencial é que essas isenções já estejam automatizadas, sem depender que você programe por conta própria.

Proteção de dados e GDPR

As leis de privacidade variam em cada região. Sua RFP deve exigir que os fornecedores expliquem como cumprem o GDPR, a CCPA e outras regulações. Pergunte onde os dados dos clientes são armazenados, se existem opções de hospedagem regional e quais mecanismos utilizam para transferências internacionais (ex.: Estrutura de Privacidade de Dados UE–EUA, Cláusulas Contratuais Padrão). Solicite um Acordo de Processamento de Dados em conformidade com o GDPR no contrato. Prefira fornecedores que apresentem certificações, auditorias ou validações independentes sobre sua postura de privacidade.

Sanções e triagem de listas (OFAC)

Nos EUA e em outros países, cumprir sanções é obrigatório. Ignorar verificações pode resultar em multas e danos à reputação. Pergunte: “Que tipo de verificação de sanções vocês realizam (OFAC, UE, ONU ou outras listas)? Como bloqueiam ou sinalizam transações restritas? Expliquem o processo de triagem, incluindo quais listas consultam e a frequência de atualização.” Respostas sólidas descrevem verificações automáticas em transações e repasses, listas atualizadas continuamente e protocolos claros para lidar com correspondências.

Regulamentações regionais e localização

Cada região possui regras próprias, e sua RFP deve garantir que você estará coberto. Pergunte aos fornecedores: “Quais obrigações regulatórias regionais vocês suportam diretamente e como nos ajudam a cumpri-las?” As melhores respostas demonstram acompanhamento ativo das normas locais.

Licenciamento e supervisão regulatória

Investigue se o fornecedor possui as licenças ou registros adequados nos principais mercados. Isso define quem assume a responsabilidade regulatória e se seus pagamentos podem fluir sem interrupções. Solicite que listem as licenças regulatórias que detêm e em quais regiões são válidas.

O que devo exigir dos fornecedores em relação a criptografia, tokenização e autenticação?

Se um provedor de pagamentos não consegue explicar claramente como criptografa, tokeniza e controla acessos, você não precisa nem continuar lendo a proposta. É fundamental ver especificações: padrões de criptografia nomeados, fluxos de tokenização descritos, autenticação única (SSO) e autenticação multifator (MFA) detalhadas, chaves de interface de programação de aplicações (API) bem protegidas e menção ao uso de assinaturas em webhooks.

Aqui estão os recursos que a sua RFP deve abordar explicitamente.

Criptografia

Exija criptografia ponta a ponta para dados de pagamento, tanto em trânsito quanto em repouso. Deixe claro: TLS 1.2+ ou TLS 1.3 para dados em movimento; AES-256 ou padrão equivalente para dados armazenados. Pergunte como o fornecedor gerencia as chaves: usam módulos de segurança de hardware? Rotacionam chaves em cronograma definido? Aplicam separação de funções? A criptografia só é tão forte quanto o gerenciamento de chaves que a sustenta.

Tokenização

A tokenização remove números reais de cartões do seu ambiente e os substitui por tokens aleatórios que apenas os sistemas do fornecedor podem resolver. Torne isso um requisito: “Os dados do portador do cartão devem ser tokenizados de modo que nossos sistemas nunca vejam ou armazenem informações brutas.” Pergunte como o cofre é protegido e se os tokens podem ser reutilizados para cobranças recorrentes, assinaturas ou reembolsos.

Autenticação e o controle de acesso

Exija que os fornecedores descrevam como protegem o acesso à plataforma e às APIs. A autenticação multifator deve ser obrigatória para qualquer acesso administrativo ao painel; integração de login único com o provedor de identidade da sua empresa é um diferencial. Peça detalhes sobre controle baseado em funções e trilhas de auditoria: é possível atribuir diferentes níveis de acesso a membros distintos da equipe e rastrear quem fez o quê e quando? Para APIs, procure controles que garantam comunicação apenas entre sistemas autorizados, como chaves com escopo definido, tokens temporários e assinatura de webhooks.

Autenticação voltada ao cliente

A prevenção de fraudes muitas vezes se conecta à autenticação. Fornecedores devem explicar como oferecem suporte a 3D Secure, autenticação biométrica em carteiras digitais e outras verificações adicionais quando as transações parecem arriscadas ou quando a lei exige.

Como incluir requisitos de segurança para pagamentos móveis e em aplicativos em uma RFP?

Uma RFP deve mostrar que as integrações móveis do fornecedor protegem os dados de cartões com o mesmo rigor que ambientes web ou de ponto de venda. Isso inclui esclarecer como os dados circulam dentro do SDK, garantir que informações sensíveis nunca toquem o aplicativo, suporte nativo a carteiras digitais e evidências de testes de segurança contínuos. Pagamentos móveis podem ser tão seguros quanto qualquer outro canal, desde que as integrações sejam desenhadas para isso.

Aqui estão os pontos de foco para suas perguntas na RFP.

SDKs compatíveis com PCI

Pergunte se os SDKs para iOS e Android possuem validação de conformidade com PCI DSS. SDKs robustos nunca permitem que dados de cartão em formato bruto cheguem ao aplicativo; eles criptografam no dispositivo e enviam diretamente aos servidores seguros do provedor, retornando apenas um token.

Suporte a carteiras e plataformas

Carteiras digitais (ex.: Apple Pay, Google Pay, Samsung Pay) estão entre os métodos de pagamento mais seguros disponíveis. Exija que o fornecedor ofereça suporte nativo e explique como os tokens gerados no dispositivo fluem pelo sistema. Bons fornecedores destacam que os números reais do cartão nunca saem do aparelho e que a autenticação biométrica é feita pela própria carteira.

Proteções do dispositivo e do app

Pergunte como o SDK lida com ambientes comprometidos. Ele detecta dispositivos com jailbreak ou root, impede que dados sensíveis sejam registrados em logs e protege as chaves armazenadas? A resposta ideal deve incluir proteções como certificate pinning, armazenamento restrito e verificações em tempo real que bloqueiam pagamentos em condições inseguras.

Atualizações e testes

O ecossistema mobile evolui rapidamente. Exija que o fornecedor explique com que frequência atualiza seus SDKs com correções de segurança e como realiza testes de vulnerabilidades. Procure cadência regular de testes de penetração e compromisso de lançar atualizações sempre que versões novas de iOS ou Android forem disponibilizadas.

Quais recursos dos relatórios e auditoria devem ser solicitados em uma RFP de pagamentos?

Ferramentas de relatórios e auditoria permitem que as equipes de finanças, segurança e conformidade provem que controles estão funcionando, conciliem valores e respondam a questionamentos de reguladores. Fornecedores que levam isso a sério descrevem painéis, APIs, relatórios personalizáveis, trilhas de auditoria, certificações de conformidade e alertas em termos concretos, com detalhes sobre períodos de retenção, formatos e integrações. Uma RFP deve revelar se o fornecedor oferece visibilidade real ou se deixará você juntar peças manualmente.

Aqui estão os recursos que você deve investigar.

Relatórios financeiros e de transações

Pergunte quais relatórios estão disponíveis sobre transações, liquidações, reembolsos, disputas e taxas. Procure painéis em tempo real e APIs que permitam extrair dados detalhados para seus próprios sistemas. Questione os formatos e se é possível personalizar relatórios por filtros como período, região geográfica ou método de pagamento. Se as equipes financeiras não conseguirem reconciliar repasses com depósitos bancários, tudo o mais pode se complicar.

Trilhas de auditoria de atividades do sistema

Uma plataforma madura rastreia cada ação sensível: logins, mudanças de permissão, geração de chaves de API, emissão de reembolsos e alterações de configurações. Inclua como requisito que os fornecedores forneçam trilhas de auditoria detalhadas tanto para eventos de sistema quanto para atividades de usuários. Pergunte por quanto tempo os registros são mantidos e se são imutáveis. A capacidade de saber exatamente quem fez o quê e quando é indispensável em auditorias internas ou investigações de atividades suspeitas.

Suporte a auditorias externas de conformidade

Seus próprios auditores podem solicitar provas de que o provedor de pagamentos cumpre o que declara. Pergunte que documentação eles disponibilizam (ex.: relatórios SOC 1, SOC 2, certificações ISO, atestados PCI DSS) e como esses documentos são compartilhados. Alguns oferecem sob NDA; outros disponibilizam em portais de clientes.

Monitoramento em tempo real e alertas

Pergunte se o fornecedor possui alertas configuráveis ou webhooks que notifiquem sobre anomalias em tempo real, como aumento repentino de estornos, aglomerado incomum de recusas ou taxas de erro de API em alta. Sem sistemas de alerta antecipado, as equipes não conseguem reagir rapidamente — sua RFP deve deixar claro que visibilidade em métricas ao vivo é obrigatória.

Acesso e retenção de dados

Históricos de transações e trilhas de auditoria frequentemente precisam ser mantidos por anos para atender reguladores financeiros. Pergunte: “Por quanto tempo os relatórios e logs de auditoria são mantidos? Podemos exportar e arquivar para nossas próprias exigências de conformidade?” Uma resposta sólida compromete-se com retenção de longo prazo e formas simples de exportar ou sincronizar os dados em seu próprio data warehouse.

Quais sinais de alerta em respostas de fornecedores a uma RFP indicam falhas em segurança ou conformidade?

Uma RFP serve tanto para identificar omissões quanto para avaliar respostas escritas. Fornecedores confiáveis oferecem explicações claras, acompanhadas de detalhes e provas — qualquer coisa além disso deve ser analisada com cautela.

Aqui estão os principais sinais de alerta a observar.

Linguagem vaga

Se a resposta usar frases como “segurança de última geração” sem citar normas, protocolos ou certificações reais, é sinal de que o fornecedor não consegue (ou não quer) detalhar. Um parceiro sério fará referência ao PCI DSS, SOC 2, ISO 27001, métodos de criptografia específicos e processos concretos.

Falta de validação independente

Fornecedores que processam pagamentos devem ter auditorias externas. Se não possuem certificação PCI DSS ou não conseguem apresentar relatórios SOC ou ISO, busque outro que possua.

Planos de resposta a incidentes pouco claros

Uma RFP deve exigir prazos concretos e planos testados para notificações de violação e recuperação. Se o fornecedor responder com algo genérico como “avisaremos os clientes quando for apropriado”, você não terá garantias de comunicação no momento crítico.

Transferência de responsabilidade

Desconfie de respostas que jogam obrigações críticas de volta para sua equipe (ex.: “Fornecemos ferramentas, mas a conformidade é responsabilidade do comerciante”). Sempre haverá responsabilidades suas, mas um bom parceiro divide a carga e oferece suporte claro.

Práticas desatualizadas

Referências a padrões fracos ou obsoletos (como MD5 para hash de senhas ou versões antigas do PCI) mostram que a segurança não está acompanhando a evolução. Espere sempre criptografia moderna, MFA para acessos administrativos e alinhamento com a versão mais recente do PCI DSS.

Contradições ou promessas excessivas

Inconsistências nas respostas (como afirmar que dados nunca são armazenados, mas também dizer que estão criptografados em repouso) indicam descuido ou comunicação interna falha. Garantias de “zero fraude” ou “100% de disponibilidade” sem evidências também devem ser vistas com desconfiança.

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