Pagamentos no Brasil: Um guia detalhado

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Aceite pagamentos online, presenciais e de qualquer lugar do mundo com uma solução desenvolvida para todos os tipos de negócios, de startups em crescimento a grandes multinacionais.

Saiba mais 
  1. Introdução
  2. O panorama do mercado
  3. Métodos de pagamento
    1. Uso atual
    2. Novas tendências
  4. Facilidade e barreiras de entrada
    1. Impostos
    2. Estornos e contestações
    3. Pagamentos internacionais
    4. Segurança e privacidade
  5. Fatores essenciais para sucesso
  6. Conclusões principais
    1. Permitir os pagamentos em dinheiro e digitais
    2. Monitorar atentamente a conformidade regulatória
    3. Traduzir e adaptar as interfaces de pagamento

A economia brasileira é a maior da América do Sul e responde por 55% das compras on-line na região. As formas de pagamento digital, como o Pix – lançado pelo Banco Central em 2020 –, alcançaram ampla adesão no país, ao passo que meios mais tradicionais, como o boleto bancário, continuam em uso.

O Brasil mantém relações comerciais relevantes com a China, os Estados Unidos e diversas outras nações, o que reforça a importância de mecanismos eficazes para transações internacionais. A criação de um ambiente regulatório favorável impulsionou o setor de fintechs, fazendo do país um polo atrativo para investidores e empresas que buscam expandir na América Latina.

A seguir, listamos fatores que empresas interessadas no mercado brasileiro de pagamentos precisam analisar, incluindo:

  • Balancear pagamentos em espécie e opções digitais
  • Cumprimento das normas locais
  • Uso de métodos e interfaces de pagamento típicos do país

O Banco Central exerce papel decisivo na formulação da política monetária e das diretrizes financeiras do Brasil, conhecidas por sua rigidez. Com iniciativas modernas como o open banking, o Pix e também regulamentações sobre criptoativos, o BCB revitalizou o sistema financeiro. Essas transformações atraíram atenção internacional e colocaram o Brasil como protagonista no desenvolvimento de fintechs, criando um ecossistema fértil para expansão.

O panorama do mercado

O Brasil combina metrópoles modernas e regiões rurais extensas, o que gera uma relação complexa com o uso de dinheiro físico. Um relatório de 2025 revelou que 14% dos adultos brasileiros ainda não possuem conta bancária, o que mantém a dependência do dinheiro vivo. Em 2024, 22% das compras presenciais (POS) foram feitas em espécie. Mesmo assim, cresce o movimento em direção à digitalização, estimulado principalmente por iniciativas do Banco Central do Brasil (BCB). Nas grandes cidades, como São Paulo e Rio de Janeiro, os pagamentos eletrônicos já representam uma mudança expressiva. Os jovens são os que mais aderem às carteiras digitais e ao internet banking, valorizando rapidez e praticidade. Criptomoedas e stablecoins também têm conquistado espaço como alternativas ao sistema financeiro tradicional.

As ações do BCB favoreceram o crescimento de fintechs mais ágeis. O Nubank, criado em 2013, já acumulava 80 milhões de clientes em 2023, oferecendo cartões de crédito e serviços de pagamento digital sem depender de agências físicas. Esse modelo digital-first reflete uma preferência crescente entre os consumidores, principalmente os mais jovens. Com regulamentações favoráveis, as fintechs vêm remodelando o modo como os brasileiros se relacionam com finanças, ampliando o acesso e a conveniência.

O Banco Central do Brasil (BCB) tem papel decisivo na condução da política monetária e na criação das normas financeiras do país, conhecidas por sua rigidez histórica. Já a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é responsável por fiscalizar o mercado de capitais, garantindo proteção aos investidores e maior transparência nas negociações. Além disso, o BCB tem promovido avanços importantes ao implementar os regulamentos de open banking e o sistema de transferências instantâneas Pix. Essas inovações trouxeram modernização ao cenário financeiro nacional e fortaleceram o ecossistema de fintechs. Como consequência, a postura dinâmica do Brasil diante das finanças digitais recebeu reconhecimento global, consolidando sua posição como referência em inovação e criando as bases para uma nova fase de serviços financeiros com foco no cliente.

Métodos de pagamento

Os consumidores brasileiros têm à disposição uma grande variedade de meios de pagamento, desde dinheiro até cartões, passando por soluções móveis e por aproximação. Conheça algumas das formas de pagamentos mais populares no país.

Uso atual

Embora o dinheiro físico ainda seja relevante, seu espaço vem sendo reduzido à medida que as opções digitais, como carteiras móveis e internet banking, ganham preferência. Essa tendência se aproxima do observado em países como Índia e China.

Os cartões de crédito são vastamente utilizados. A Visa e a Mastercard são as líderes de mercado, seguidas pela Elo — criada a partir da união de grandes bancos nacionais — e pela Hipercard, bastante usada em algumas regiões por não cobrar tarifas anuais e estar vinculada a uma ampla rede de supermercados. Um traço característico do Brasil é a cultura do parcelamento: mesmo compras pequenas podem ser divididas em prestações sem juros, o que reforça a cultura de compras em parcelas no país.

O crescimento dos pagamentos por aproximação demonstra uma preferência crescente dos consumidores e confirma a adaptabilidade do setor financeiro do país. Em 2023, esse método de pagamento já representava 31% das operações com cartão de crédito.

Ainda assim, a expansão acelerada do Pix vem alterando o equilíbrio do setor. Sua rapidez e baixo custo têm atraído milhões de usuários, desafiando o espaço tradicionalmente ocupado pelos cartões.

Meios de pagamento B2C comuns no Brasil

Meios de pagamento B2B comuns no Brasil

Novas tendências

Os hábitos de pagamento no Brasil estão em plena transformação, com uma migração cada vez mais evidente do dinheiro físico para as soluções digitais. Dados do Banco Central do Brasil (BCB) apontam que as operações via Pix cresceram cerca de 34% entre dezembro de 2023 e dezembro de 2024, evidenciando uma mudança significativa no comportamento do consumidor. Ainda assim, enquanto os meios digitais e os cartões de crédito conquistam espaço, o dinheiro continua sendo amplamente utilizado, sobretudo em regiões rurais e afastadas dos grandes centros.

Os pagamentos por aproximação, antes novidade no país, também ampliaram sua relevância. Entre 2021 e 2022, o valor movimentado por esse tipo de transação subiu mais de 187%. Embora jovens de centros urbanos e mais familiarizados com tecnologia tenham liderado esse avanço, ele já alcança cidades menores e áreas rurais, ainda que em ritmo mais moderado. Outro destaque foi o crescimento expressivo dos pagamentos móveis: o volume de transações feitas por dispositivos móveis aumentou quase 80% entre 2019 e 2020. Além disso, criptomoedas e stablecoins estão se consolidando como tendências que apontam para o futuro das finanças digitais no país.

O BCB tem desempenhado papel essencial nessa evolução. Reconhecendo os desafios e as oportunidades de um mercado historicamente dependente de dinheiro em espécie, o banco estimulou a digitalização das transações. O lançamento do Pix foi um marco, ao proporcionar pagamentos instantâneos, gratuitos e disponíveis 24 horas, tanto para empresas quanto para consumidores. Também foram impostas medidas regulatórias para reduzir operações ilícitas com dinheiro físico: desde 2021, empresas precisam reportar à Receita Federal quaisquer transações em espécie acima de R$ 30.000.

Facilidade e barreiras de entrada

Aqui estão alguns pontos que as companhias precisam avaliar antes de ingressar no mercado brasileiro.

Impostos

O Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) é uma cobrança aplicada a pessoas físicas e jurídicas. Esse tributo incide sobre empréstimos, câmbio de moedas estrangeiras, seguros e outros serviços financeiros. Apesar de as alíquotas variarem conforme a operação, nas compras feitas com cartão de crédito a taxa de IOF costuma ser de 3,5%. Além disso, o imposto sobre valor agregado (IVA) no Brasil – chamado de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) – muda conforme o estado, mas em regra fica entre 17% e 20%. Cabe às empresas recolher e repassar esse imposto. É essencial que fornecedores e clientes estejam cientes das alíquotas de ICMS, sobretudo para organizações que atuam em diferentes estados. O descumprimento ou o atraso no repasse podem resultar em multas e maior vigilância por parte do fisco.

Estornos e contestações

O Brasil possui um conjunto próprio de normas para tratar de estornos e contestações, priorizando fortemente a proteção do consumidor, de modo semelhante ao que ocorre na Europa. O Código de Defesa do Consumidor assegura aos clientes diversos direitos e garantias. As regras para estornos mudam conforme a modalidade de pagamento. Em transações com cartão presente, as exigências legais são rígidas, o que reduz bastante a probabilidade de fraudes. O uso de cartões com chip EMV (Europay, Mastercard e Visa) é amplamente difundido, assim como a autenticação em dois passos. Entretanto, em compras sem cartão físico, os riscos são bem maiores. Com a expansão do comércio eletrônico, há um esforço constante em reforçar a segurança dessas operações, mas a responsabilidade de provar a legitimidade da compra geralmente recai sobre o vendedor.

As empresas que atuam no Brasil normalmente lidam com prazos curtos para responder a estornos, quando comparados a outros países. As instituições financeiras estipulam um período restrito – muitas vezes de apenas alguns dias – para que a empresa apresente documentação e evidências adequadas. A exigência de comprovantes detalhados, como confirmação de entrega e registros de pagamento, pode tornar o procedimento mais difícil.

Pagamentos internacionais

O Brasil é um parceiro comercial estratégico para várias nações, o que gera atenção a questões de conversão monetária, oscilações cambiais e outros aspectos. A seguir estão informações fundamentais sobre a aceitação de pagamentos internacionais no país.

  • Regulamentação dos pagamentos internacionais
    A legislação brasileira protege a moeda nacional e determina que todas as transações externas passem por instituições autorizadas. Tais regras vêm sendo gradualmente modernizadas.

  • Conversão cambial
    Com o aumento da internacionalização das empresas brasileiras e o crescimento do turismo, a troca de moedas ganhou importância ainda maior. Turistas, principalmente aqueles que utilizam divisas que não seguem o dólar americano ou o euro, tendem a converter suas moedas em reais ao chegarem no país.

  • Valores flutuantes de moedas
    O real sofre flutuações significativas frente a moedas fortes como o dólar dos EUA e o euro. Essas oscilações impactam as compras internacionais e alteram o poder de consumo dos brasileiros que compram em sites estrangeiros.

  • Papel de soluções de terceiros
    Cidadãos brasileiros, sobretudo viajantes frequentes e empresários que atuam no mercado externo, preferem usar serviços digitais de câmbio devido à agilidade, clareza e tarifas mais vantajosas. Entre eles está o Nubank, que disponibiliza câmbio com taxas fixadas de forma prévia. Outra opção é a Remessa Online, voltada para transferências internacionais com valores competitivos tanto para indivíduos quanto para empresas. A Wise (anteriormente TransferWise) também se consolidou no país ao oferecer câmbio em tempo real para operações globais.

  • Criptomoedas
    As moedas digitais e stablecoins estão tornando os pagamentos internacionais mais simples e menos onerosos, funcionando como alternativa ao sistema bancário tradicional. Com o avanço das relações comerciais do Brasil, a inclusão de criptoativos pode aumentar a agilidade e a atratividade das transações.

Segurança e privacidade

O Brasil representa um mercado em crescimento, que prioriza a proteção do consumidor e segue as normas rígidas do Banco Central (BCB). Veja abaixo alguns pontos de atenção quanto à segurança e privacidade.

  • Leis de proteção dos dados
    A entrada em vigor da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) evidencia a preocupação do país com privacidade e sigilo de informações. Inspirada no Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR), a LGPD obriga que as empresas solicitem consentimento explícito do usuário antes de coletar ou manipular dados pessoais. A norma garante aos cidadãos brasileiros o direito de acesso, correção ou exclusão de suas informações.

  • Medidas da prevenção contra fraudes
    Com o aumento das operações digitais, cresce também a necessidade de métodos sólidos de prevenção. As companhias devem adotar sistemas e ferramentas modernas de segurança para se proteger contra golpes. Isso contribui para fortalecer a confiança do consumidor e garante conformidade com as normas nacionais.

  • A função do BCB
    O Banco Central tem investido em atualizar a infraestrutura de pagamentos do Brasil. Além disso, publicou regras e medidas de proteção para aumentar a confiabilidade das transações sem contato. Em 2021, o órgão elevou o limite de valor permitido nessas operações sem exigir o uso de PIN, alinhando-se a padrões internacionais.

  • Leis de Prevenção à Lavagem de Dinheiro (AML)
    O Conselho de Controle de Atividades Financeiras supervisiona as ações contra a lavagem de dinheiro e o financiamento do terrorismo. Bancos e demais instituições devem comunicar atividades suspeitas, protegendo assim o sistema financeiro de possíveis ameaças.

Fatores essenciais para sucesso

Aqui estão fatores determinantes para o sucesso de empresas que pretendem receber pagamentos no Brasil:

  • Priorizar a segurança dos dados
    Devido ao aumento dos crimes cibernéticos, é fundamental adotar medidas como tokenização e autenticação multifatorial, que reforçam a proteção das informações financeiras.

  • Fornecer interfaces de pagamento em múltiplos idiomas
    Embora o português seja a língua predominante, a diversidade cultural e étnica do Brasil torna relevante oferecer páginas de pagamento traduzidas, especialmente em áreas com forte presença de comunidades específicas.

  • Acompanhar e cumprir as normas locais
    A legislação financeira brasileira é complexa e constantemente revisada pelo BCB. Por isso, as empresas devem atualizar seus procedimentos de conformidade, sobretudo no que diz respeito a operações digitais.

  • Estar atento aos riscos do uso de dinheiro em espécie
    As transações em dinheiro dificultam o rastreamento e aumentam a vulnerabilidade a fraudes e crimes.

Conclusões principais

O ecossistema de pagamentos no Brasil é moldado por fatores socioeconômicos próprios, pela rápida evolução tecnológica e por influências culturais específicas. Quando compreendem esse cenário, as empresas conseguem tomar decisões estratégicas para melhorar a experiência de pagamento de seus clientes. A seguir, estão alguns pontos que devem ser levados em conta ao entrar no mercado brasileiro de pagamentos.

Permitir os pagamentos em dinheiro e digitais

  • Reconhecer desigualdades na inclusão financeira
    Apesar de avanços importantes, uma parcela expressiva da população brasileira ainda não possui acesso a serviços bancários formais. Essa exclusão limita a adoção de pagamentos digitais e mantém o uso do dinheiro vivo como principal forma de transação em várias regiões e entre determinados grupos sociais.

  • Aceitar os pagamentos sem contato
    Os brasileiros aderiram com rapidez ao uso de dispositivos móveis para diferentes tipos de operações, desde compras no varejo e pagamento de contas de serviços até tarifas de transporte público. Um levantamento de 2023 mostrou que cerca de 20% dos brasileiros utilizavam carteiras digitais diariamente, enquanto outros 21% faziam uso delas algumas vezes por semana. Ainda assim, para valores mais altos, muitos consumidores seguem preferindo canais bancários tradicionais, influenciados por costumes antigos e preocupações de segurança.

  • Integrar os meios de pagamento móveis
    O PicPay e o Mercado Pago se consolidaram como protagonistas no cenário de pagamentos móveis no Brasil. O PicPay, por exemplo, ampliou sua atuação para além das transferências, oferecendo recompensas em cashback, e-commerce integrado e até alternativas de investimento. Essa diversidade transformou-o em escolha recorrente para milhões de brasileiros. Já o Mercado Pago, vinculado ao Mercado Livre, aproveitou a enorme base de usuários da sua controladora para firmar-se como uma solução de pagamentos líder no país.

Monitorar atentamente a conformidade regulatória

  • Seguir protocolos de segurança digital
    O Brasil tem sido ativo no fortalecimento de suas políticas de segurança cibernética. As normas exigem que empresas apliquem padrões mínimos, incluindo auditorias periódicas, vigilância contra ameaças e planos de resposta imediata.

  • Entender o papel dos provedores de pagamento terceirizados
    Plataformas como Mercado Pago e PagSeguro aplicam algoritmos sofisticados, ferramentas antifraude e criptografia avançada para resguardar empresas e consumidores.

  • Dar prioridade à proteção do consumidor e à educação financeira
    A legislação brasileira coloca grande ênfase na proteção do cliente. Órgãos fiscalizadores acompanham de perto instituições financeiras para garantir práticas transparentes e justas. Além disso, existem iniciativas educacionais voltadas a capacitar os brasileiros para o uso seguro e consciente dos serviços financeiros.

Traduzir e adaptar as interfaces de pagamento

  • Incluir cartões de crédito nacionais
    O cartão de crédito é amplamente utilizado no Brasil. Bandeiras como Elo, Hipercard e Cabal estão entre as preferidas dos clientes locais, coexistindo com grandes players globais como Visa e Mastercard. Oferecer múltiplas opções pode aumentar as taxas de aprovação de pagamentos.

  • Integrar o sistema Pix
    A adesão ao Pix nos gateways de pagamento garante transferências em tempo real, 24 horas por dia, todos os dias da semana, atraindo consumidores que priorizam praticidade e agilidade.

  • Avaliar a oferta de parcelamento
    Um traço marcante do mercado brasileiro é o uso disseminado de pagamentos parcelados, até mesmo em compras de baixo valor. Permitir planos de parcelamento flexíveis pode tornar a jornada de compra mais atrativa.

  • Disponibilizar o Boleto Bancário
    O boleto bancário, bastante aceito, permite pagamento tanto em espécie quanto via internet banking. Sua inclusão no mix de opções alcança clientes que não possuem conta bancária ou preferem alternativas mais tradicionais.

O conteúdo deste artigo é apenas para fins gerais de informação e educação e não deve ser interpretado como aconselhamento jurídico ou tributário. A Stripe não garante a exatidão, integridade, adequação ou atualidade das informações contidas no artigo. Você deve procurar a ajuda de um advogado competente ou contador licenciado para atuar em sua jurisdição para aconselhamento sobre sua situação particular.

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