Os pagamentos em stablecoins estão se tornando cada vez mais presentes nas transações das empresas, pois movimentam trilhões de dólares todos os anos. As stablecoins, dólares digitais que ficam em um blockchain e são compensados em minutos, oferecem sérias vantagens em transações internacionais, onde superam as formas de pagamento tradicionais em termos de velocidade, custo e acesso a novos mercados. A seguir, discutiremos como as stablecoins se comparam aos pagamentos tradicionais, os riscos que envolvem e como podem beneficiar sua empresa.

O que você vai encontrar neste artigo

• O que são pagamentos com stablecoin?
  
• Quais são as formas de pagamento tradicionais nas empresas?
  
• Como funcionam os pagamentos com stablecoins para as empresas em comparação com os pagamentos tradicionais?
  
• Como as stablecoins se comparam aos pagamentos tradicionais em termos de velocidade e liquidação de fundos?
  
• Quais são as diferenças de custo entre a stablecoin e os pagamentos tradicionais?
  
• Que riscos as empresas podem encontrar nos pagamentos em stablecoin em comparação com os pagamentos tradicionais?
  
• Como as stablecoins afetam os pagamentos de empresas internacionais em comparação com as formas tradicionais?
  
• Quais são as considerações de conformidade e regulamentação para stablecoins em comparação com os pagamentos tradicionais?
  
• Como os pagamentos em stablecoins afetam a tesouraria e a gestão do caixa em comparação com as formas tradicionais?
  
• Como é para os clientes o pagamento com stablecoin em comparação com as formas de pagamento tradicionais?
  
• Como o Stripe Payments pode ajudar
  

O que são pagamentos em stablecoin?

Stablecoins são tokens digitais atrelados a um ativo do mundo real, geralmente uma moeda fiduciária, como o dólar dos EUA (USD) ou Euro, e são projetados para manter um valor estável. Uma USDC, por exemplo, é projetada para ser sempre igual a aproximadamente um dólar porque é respaldada por reservas em dólar americano (USD). As empresas usam stablecoins porque elas combinam a velocidade e o alcance da criptografia com a previsibilidade da moeda fiduciária.

Um pagamento típico funciona da seguinte forma: um cliente envia stablecoins de sua carteira digital para a carteira da empresa e a liquidação de fundos ocorre em minutos. Não há horário de corte bancário nem status de pendência. As empresas podem manter os tokens para pagamentos futuros ou convertê-los instantaneamente em moedas locais por meio de um provedor de pagamento como a Stripe.

Quais são as formas de pagamento tradicionais nas empresas?

As empresas ainda movimentam dinheiro regularmente por meio de redes conhecidas: bandeiras de cartão, transferências bancárias e, em menor escala, dinheiro ou cheques. As redes tradicionais são bem conhecidas e universais, mas geralmente são mais lentas, sujeitas a tarifas mais altas e restritas pelo horário bancário. Veja a seguir uma análise mais detalhada de cada forma de pagamento:

• Pagamentos com cartão de crédito e débito: essas transações dependem de bandeiras de cartão como Visa e Mastercard, com bancos emissores, bancos adquirentes e operadores. A compra parece instantânea para o cliente, mas as empresas geralmente esperam até três dias para a liquidação de fundos e pagam uma porcentagem do valor da transação mais uma tarifa fixa.

• Transferências bancárias: fazer transferências por meio de seu banco é barato, mas pode levar dias. As wire transfers são mais rápidas, mas envolvem tarifas mais altas e, às vezes, margens de câmbio ocultas. Os pagamentos que são direcionados por meio de vários bancos correspondentes podem levar até uma semana.

• Dinheiro e cheques: embora o dinheiro e os cheques ainda sejam usados em alguns mercados, eles são caros de manusear e demoram muito para serem compensados.

Como funcionam os pagamentos com stablecoins para as empresas em comparação com os pagamentos tradicionais?

Fundamentalmente, tanto as stablecoins quanto os pagamentos tradicionais fazem a mesma coisa: transferem valor do cliente para a empresa. Mas as stablecoins são uma forma de pagamento nativa da internet com finalidade instantânea, enquanto os métodos tradicionais dependem de instituições herdadas, intermediários e liquidação de fundos que levam vários dias. Veja como cada tipo de pagamento funciona.

Pagamentos com stablecoins

Uma empresa fornece um endereço de carteira digital. O cliente envia a quantia acordada. Em questão de minutos, os tokens são compensados em um blockchain e ficam na carteira da empresa. A transferência é visível em uma rede pública e não pode ser anulada após ser confirmada. Não há intermediários bancários ou tempos de corte para processar. A empresa pode manter stablecoins para pagar fornecedores ou se proteger contra a volatilidade local, ou pode convertê-las instantaneamente em moedas locais por meio de uma troca ou operador.

​Pagamentos​​ tradicionais​

Os fluxos de pagamento com cartão passam por camadas, desde o processador de pagamentos até o banco adquirente, passando pelas bandeiras de cartão e pelo banco emissor. A empresa recebe autorização instantaneamente, mas os fundos são liquidados em lotes alguns dias depois. Os depósitos diretos são ainda mais lentos: as wire transfers nacionais podem ser feitas no mesmo dia, mas as internacionais geralmente levam dias e passam por vários bancos correspondentes. Alguns desses sistemas permitem anulações (por exemplo, estornos em cartões).

Como as stablecoins se comparam aos pagamentos tradicionais em termos de velocidade e liquidação de fundos?

As Stablecoins são compensadas na velocidade da internet. Normalmente, uma transferência é liberada em segundos ou minutos, a qualquer hora, em qualquer dia do ano. Não há horários de corte nem feriados bancários. O pagamento é definitivo quando é confirmado na cadeia e é irreversível, como o pagamento em dinheiro.

Os sistemas tradicionais são comparativamente lentos. Cartões e depósitos diretos levam até três dias úteis. As transferências bancárias internacionais podem levar cinco dias ou mais, especialmente se forem direcionadas por vários bancos correspondentes. Mesmo uma wire transfer doméstica feita no mesmo dia está sujeita aos horários de corte dos bancos.

Isso tem um impacto direto no fluxo de caixa. Com a velocidade de liquidação de fundos das stablecoins, os exportadores não precisam esperar uma semana para receber fundos, os marketplaces podem pagar os criadores em minutos e os CFOs não precisam mais reter saldos excessivos em contas no exterior em caso de atrasos.

A finalidade da liquidação de fundos também é importante. Os pagamentos com cartão têm o risco de serem anulados posteriormente. As transferências bancárias podem ser devolvidas em determinadas circunstâncias. A certeza de um pagamento em stablecoin pode reformular a forma como as equipes financeiras gerenciam a liquidez.

Quais são as diferenças de custo entre a stablecoin e os pagamentos tradicionais?

As formas de pagamento tradicionais têm camadas de tarifas. Com pagamentos com cartão, as empresas pagam uma porcentagem de cada venda, além de uma pequena tarifa fixa. O depósito direto é barato, mas lento, enquanto as transferências eletrônicas são mais rápidas, mas têm tarifas altas, especialmente para transações internacionais. Cada banco correspondente ao longo do caminho pode cobrar mais uma taxa, e os spreads de troca de moeda estrangeira (FX) também costumam ter um pequeno custo.

Normalmente, as stablecoins custam muito menos para serem processadas. As tarifas de blockchain são normalmente de centavos a alguns dólares. Não há tarifas bancárias ou de bandeiras de cartão. A ressalva é a conversão: as entradas e as saídas cobram uma pequena porcentagem para converter stablecoins em moeda fiduciária e vice-versa. Mas esses custos ainda são geralmente mais baixos do que o processamento com formas de pagamento tradicionais. Se estiver enviando ou recebendo grandes pagamentos internacionais, as stablecoins podem fazer uma diferença real na redução dos custos.

As stablecoins realmente se destacam quando evitam totalmente a conversão. Uma empresa dos EUA que paga um prestador de serviços argentino em USDC não precisa de um intermediário bancário ou de margem de câmbio; o prestador de serviços pode manter o valor em dólares digitais ou fazer o saque localmente.

Que riscos as empresas podem encontrar nos pagamentos em stablecoin em comparação com os pagamentos tradicionais?

Todo método de pagamento tem seus próprios riscos, mas o perfil muda entre stablecoins e formas de pagamento tradicionais. Os pagamentos tradicionais concentram o risco nos bancos e nas bandeiras de cartão, o que é moderado pelas regulamentações. As stablecoins descentralizam o risco em tecnologia, emissores e operações de tesouraria. É possível gerenciá-lo com as proteções corretas, mas é novo o suficiente para merecer atenção extra. Os riscos associados às stablecoins incluem os seguintes:

• Estabilidade do valor: as stablecoins atreladas a moedas fiduciárias são projetadas para manter uma atrelagem de 1:1, mas essa atrelagem depende das reservas do emissor e da confiança do mercado. Até mesmo tokens amplamente usados podem oscilar brevemente, como aconteceu com o USDT em 2022. Com uma transferência bancária, não haverá questionamento se US$ 100 ainda são US$ 100; com stablecoins, você depende do emissor para manter essa paridade.

• Exposição regulatória: os pagamentos tradicionais operam dentro de estruturas jurídicas maduras. As stablecoins ainda estão se atualizando. Os EUA e a UE estão regulamentando os emissores de stablecoin, mas as regras variam globalmente. Mudanças repentinas de políticas ou restrições são uma possibilidade real, especialmente entre as jurisdições.

• Fraude e segurança: as bandeiras de cartão oferecem detecção de fraude integrada e proteção contra fraudes para o consumidor. Com stablecoins, não há estornos ou revocação. Isso minimiza a fraude contra as empresas, mas uma transação enviada por engano ou hackeada desaparece para sempre. As empresas devem investir em custódia segura, controles de carteira e práticas de verificação.

• Desafios operacionais: as tesourarias corporativas estão acostumadas com os bancos fazendo a maior parte do trabalho pesado. Com as stablecoins, elas assumem as responsabilidades de custódia e conta. Se uma chave privada for perdida, os fundos podem ser irrecuperáveis. Os regimes de conta para ativos digitais ainda estão sendo desenvolvidos, e os auditores podem tratar as stablecoins de forma diferente dos equivalentes de caixa.

Como as stablecoins afetam os pagamentos de empresas internacionais em comparação com as formas tradicionais?

As stablecoins superam claramente os pagamentos tradicionais quando se trata de transações internacionais.

As wire transfers são feitas por meio da rede SWIFT. Um pagamento pode passar por cinco ou mais bancos correspondentes, cada um recebendo uma parte e atrasando a liquidação de fundos. Os fundos podem passar até uma semana em trânsito, com pouca visibilidade de onde estão em um determinado momento. Os custos se acumulam rapidamente por meio de cobranças antecipadas, tarifas adicionais por intermediário e uma porcentagem do spread cambial. Para mitigá-los, as empresas geralmente fazem pré-financiamento de contas no exterior, o que imobiliza o capital de giro. Em alguns mercados, os cartões ou bancos locais simplesmente não podem se conectar internacionalmente, o que exclui segmentos inteiros de clientes.

Uma transferência de stablecoin elimina os intermediários, vai diretamente do remetente para o beneficiário e é visível em tempo real em um livro-razão público. A liquidação de fundos leva minutos e os custos da blockchain são baixos. Prestadores de serviços ou fornecedores em mercados emergentes podem receber dólares digitais mesmo sem ter uma conta bancária nos EUA. Em países com moedas voláteis, as stablecoins podem manter o valor estável que os sistemas traduzidos não podem oferecer.

As stablecoins podem reduzir os custos, abrir novas bases de clientes e eliminar a falta de transparência que há muito tempo atormenta a movimentação internacional de dinheiro.

Quais são as considerações de conformidade e regulamentação para stablecoins em comparação com os pagamentos tradicionais?

As redes de pagamento tradicionais seguem livros de regras maduros. Os bancos aplicam verificações de Know Your Customer (KYC) e Prevenção à lavagem de dinheiro (PLD), as bandeiras de cartão incorporam proteções ao cliente e os órgãos reguladores tiveram décadas para aperfeiçoar a supervisão. Os bancos e operadores normalmente lidam com a conformidade.

Mas como as stablecoins são mais recentes, as estruturas ainda estão em andamento. As regulamentações dos EUA e da UE exigem que os emissores mantenham reservas líquidas e ofereçam resgate ao par, colocando as principais stablecoins na mesma categoria regulamentar do dinheiro eletrônico. Entretanto, a conformidade varia de acordo com a jurisdição e muitas regiões continuam cautelosas com relação às criptomoedas. As empresas globais devem estar atentas às regras regionais e contar com parceiros confiáveis para lidar com as complexidades internacionais.

Isso significa que as empresas ainda precisam de barreiras de proteção, como verificação de contraparte, triagem de transações e fluxos de relatórios. No entanto, os provedores de pagamento podem incorporar a conformidade ao processo de pagamento configurando uma lista de carteiras aprovadas, usando a análise de blockchain para rastrear fundos ilícitos e executando a triagem de transações em segundo plano.

Como os pagamentos em stablecoins afetam a tesouraria e a gestão do caixa em comparação com as formas tradicionais?

O objetivo das tesourarias corporativas é ter dinheiro no lugar certo e na hora certa. Com os sistemas tradicionais, a movimentação de fundos entre fronteiras leva dias, de modo que as equipes geralmente financiam previamente as contas gerenciadas, imobilizam capital e gerenciam as oscilações cambiais com hedges ou conversões de um dia para o outro.

Com as stablecoins, as empresas podem manter dólares em forma de token e transferi-los instantaneamente entre subsidiárias a qualquer hora do dia. Essa agilidade reduz a necessidade de financiar contas estrangeiras em excesso e libera liquidez. Em economias inflacionárias, as empresas podem converter receitas locais em stablecoins convertidas em dólares americanos para proteger o valor sem precisar de contas bancárias offshore. O resultado é menos dinheiro preso e planos mais eficazes.

Há também a vantagem potencial do dinheiro programável. Os saldos ociosos podem fluir para investimentos de curto prazo que rendem juros até que os fundos sejam sacados. As stablecoins permitem que as empresas obtenham retornos de capital de giro (mesmo que por algumas horas) de uma forma que os sistemas tradicionais não conseguem.

Dito isso, a adoção de stablecoins introduz mudanças internas. As equipes de tesouraria precisam de soluções de custódia, fluxos de trabalho de aprovação e práticas contábeis para ativos digitais. A chave de segurança privada, os controles com várias assinaturas e os relatórios de auditoria são todos importantes. Muitas empresas começam usando provedores que lidam com a custódia e a conversão para que se beneficiem da velocidade sem deter diretamente os tokens.

Como é para os clientes o pagamento com stablecoin em comparação com as formas de pagamento tradicionais?

Do lado do cliente, as formas de pagamento tradicionais são familiares, refinadas e oferecem redes de segurança, como a proteção contra fraudes e estornos. Eles também podem ser excludentes. Muitas pessoas não têm acesso a cartões globais ou a serviços bancários confiáveis, o que as impede de comprar ou vender internacionalmente.

As stablecoins podem eliminar essa divisão. Um freelancer na Argentina pode aceitar dólares digitais diretamente; uma família que recebe remessas não perde uma grande parte para intermediários. A desvantagem é a experiência do usuário: muitos consideram as carteiras e as chaves privadas intimidadoras, e os reembolsos não são automáticos. Uma vez que uma transferência de fundos esteja na cadeia, ela não pode ser anulada. Portanto, as empresas precisam criar seus próprios processos de reembolsos.

É nesse ponto que os provedores podem fazer a diferença. O Stripe permite que os clientes paguem em stablecoins por meio do mesmo checkout que usariam para cartões e lida com o processo de blockchain em segundo plano. Os clientes veem apenas uma página de checkout familiar e a confirmação de que o pagamento foi bem-sucedido.

Na prática, as stablecoins não substituirão os cartões nas compras do dia a dia, mas podem alcançar pessoas que são deixadas de fora pelas redes de pagamento tradicionais e fazer com que as transações globais se traduzam em transações locais.

Como o Stripe Payments pode ajudar

O Stripe Payments fornece uma solução de pagamento global unificada que ajuda qualquer empresa, desde Startups em crescimento até empresas globais, a aceitar pagamentos online, presenciais e em todo o mundo. As empresas podem aceitar pagamentos em stablecoin globalmente que são compensados como moeda fiduciária em seus saldos da Stripe.

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• Otimizar sua experiência de checkout: crie uma experiência de cliente sem atrito e economize milhares de horas de engenharia com IUs de pagamento pré-desenvolvidas e acesso a mais de 125 formas de pagamento, incluindo stablecoins e criptomoedas.

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