Um ativo é qualquer coisa que uma empresa possui e que tem valor mensurável. Os ativos podem ser itens físicos, como equipamentos e inventário, ou itens não físicos, como patentes e marcas. Um ativo deve ser de propriedade ou controlado pela empresa e fornecer benefício econômico agora ou mais tarde.
Os serviços de contabilidade estão em alta demanda, com o mercado global de serviços contábeis avaliado em mais de US$ 660 bilhões em 2025. A gestão de ativos é uma parte importante da contabilidade empresarial. Abaixo, discutimos como os ativos são classificados em um balanço patrimonial, como são avaliados na contabilidade e erros comuns que as empresas cometem ao registrar ativos.
O que há neste artigo?
- Tipos de ativos na contabilidade
- Como os ativos são classificados em um balanço patrimonial?
- Qual a diferença entre ativos tangíveis e intangíveis?
- Por que os ativos são importantes na tomada de decisões empresariais?
- Como os ativos são avaliados na contabilidade?
- Quais erros comuns as empresas cometem ao registrar ativos?
Tipos de ativos na contabilidade
Os ativos têm diferentes configurações, e os contadores os categorizam para facilitar o acompanhamento e a criação de relatórios financeiros. Veja os principais tipos:
Ativo circulante: são ativos que uma empresa espera gastar ou converter em dinheiro dentro de um ano. Pense neles como recursos de curto prazo. Alguns exemplos são caixa, contas a receber e inventário.
Ativo não circulante: são recursos de longo prazo ou "fixos" que sua empresa usa ao longo do tempo para gerar receita. Você não pode convertê-los facilmente em dinheiro. Exemplos incluem máquinas, edifícios e terrenos.
Ativos intangíveis: são os ativos não físicos que ainda possuem valor. Os ativos intangíveis são mais difíceis de avaliar, mas podem ser tão importantes quanto os ativos físicos, especialmente em setores como tecnologia e entretenimento. Exemplos: marcas comerciais, patentes e outros tipos de propriedade intelectual (PI).
Aplicações financeiras: as empresas às vezes colocam seu dinheiro em outros investimentos. Estes são contabilizados como ativos porque se espera que tragam retornos financeiros futuramente. Exemplos incluem ações, títulos e fundos mútuos.
Como os ativos são classificados em um balanço patrimonial?
O balanço patrimonial lista e contabiliza todos os seus ativos e os agrupa por liquidez (ou seja, com que rapidez eles podem ser transformados em dinheiro). Veja como eles são agrupados:
Ativo circulante: os ativos mais líquidos (como caixa e contas a receber) estão no topo do balanço.
Ativo não circulante: abaixo do ativo circulante estão os menos líquidos, como propriedade, equipamentos e marcas comerciais. Eles levam mais tempo para vender ou converter em dinheiro, mas são necessários para a operação do negócio.
Qual é a diferença entre ativos tangíveis e intangíveis?
Os ativos tangíveis são itens físicos. É fácil identificá-los e avaliá-los. Eles incluem:
Computadores
Mobiliário de escritório
Carros da empresa
Estoque
Edifícios
Os ativos intangíveis carecem de forma física, mas ainda possuem valor econômico. Exemplos:
Um nome de marca reconhecível
Direitos autorais para conteúdo original
Contratos de licenciamento
Segredos comerciais
Embora você não possa manter fisicamente esses ativos, eles geralmente desempenham um grande papel no sucesso de um negócio. Por exemplo, o valor de uma marca reconhecida globalmente como a Coca-Cola vai muito além de suas fábricas físicas e estoque.
Por que os ativos são importantes na tomada de decisões empresariais?
Os ativos influenciam a forma como um negócio opera e se expande. Saber quais ativos uma empresa possui e seu estado atual ajuda os líderes a decidir onde investir e pode influenciar decisões sobre o seguinte:
Expansão: se uma empresa tem um armazém subutilizado, ela pode se concentrar em aumentar a produção para maximizar seu uso, em vez de investir em novos imóveis.
Upgrades e manutenção: as empresas avaliam regularmente seus ativos fixos (por exemplo, máquinas, equipamentos) para determinar se são necessárias atualizações ou substituições para se manterem competitivas.
Alocação de recursos: quando os orçamentos estão apertados, entender o valor e a função dos ativos circulantes ajuda a priorizar os gastos em áreas que proporcionam o melhor retorno sobre o investimento.
Fusões e aquisições: quando uma empresa considera adquirir outra, ela pode avaliar a base de ativos da empresa desejada para ajudar a determinar seu valor e possíveis compatibilidades.
Mudanças de mercado: se uma empresa de tecnologia possui propriedades intelectuais desatualizadas, ela pode deslocar recursos para o desenvolvimento de soluções de ponta para se manter competitiva.
Gestão de crises: em tempos desafiadores, ativos como reservas de caixa e investimentos líquidos podem atuar como um recurso vital, enquanto ativos não líquidos ou de baixo desempenho podem precisar ser vendidos para estabilizar o negócio.
Os ativos também informam as avaliações da estabilidade financeira de um negócio. O equilíbrio entre ativos, passivos e patrimônio líquido determina o quão preparada uma empresa está para sobreviver a crises ou aproveitar oportunidades de crescimento. As partes interessadas analisam métricas como o índice de liquidez corrente (ativo circulante dividido pelo passivo circulante) para avaliar a liquidez e a solvência. Bancos e investidores analisam atentamente o valor, o tipo e a liquidez dos ativos para confirmar se a empresa tem recursos para cumprir as obrigações de pagamento antes de aprovar crédito ou investimentos. Uma empresa de varejo com um grande estoque e imóveis valiosos pode garantir uma taxa de empréstimo melhor do que uma com ativos tangíveis limitados.
Como os ativos são avaliados na contabilidade?
A avaliação precisa dos ativos é importante para a conformidade com as normas contábeis e para a transparência com investidores, credores e partes interessadas. Os contadores usam diferentes métodos para atribuir valor a um ativo, dependendo do tipo de ativo e sua finalidade. Veja alguns métodos comumente usados:
Custo histórico
O custo histórico baseia o valor do ativo no preço de compra original. Por exemplo, se uma empresa compra um prédio por R$ 10 milhões, o valor do edifício no balanço patrimonial permanecerá R$ 10 milhões, a menos que ajustes como depreciação sejam aplicados.
O custo histórico é objetivo e fácil de rastrear, o que o torna um ponto de partida confiável. Mas esse método não reflete mudanças no valor de mercado. Um prédio comprado há 20 anos por R$ 10 milhões pode valer R$ 50 milhões agora, mas essa valorização não aparecerá no balanço se o custo histórico for o único método usado.
Valor justo de mercado
O valor justo de mercado representa o preço pelo qual um ativo poderia ser vendido no mercado atual. Esse método é particularmente útil para ativos como imóveis, investimentos em ações e títulos e itens raros (por exemplo, obras de arte, itens colecionáveis).
O valor justo de mercado fornece uma imagem mais realista do valor de um ativo, mas pode flutuar com base nas condições de mercado. Isso pode dificultar a manutenção da consistência dos relatórios financeiros.
Depreciação
Para um ativo que perde valor ao longo do tempo, como um veículo ou equipamento, a depreciação distribui o custo por toda a sua vida útil. Por exemplo, um caminhão comprado por R$ 500.000 com uma vida útil de 10 anos incorreria em uma despesa de depreciação de R$ 50.000 anuais. Esse reconhecimento gradual de despesas ajuda as empresas a adequar o custo de uso do ativo à receita gerada por ele.
Veja duas maneiras de calcular a depreciação:
Método de linha reta: distribui o custo uniformemente ao longo da vida útil do ativo.
Depreciação acelerada: sobrecarrega antecipadamente as despesas, o que pode ser útil para fins fiscais, mas complica as demonstrações financeiras.
Imparidade
Às vezes, um ativo perde valor mais rapidamente do que o esperado por causa de fatores externos, como quedas do mercado e obsolescência. Os testes de imparidade ajustam o valor contábil do ativo para refletir sua reduzida utilidade. Por exemplo, se um equipamento se tornar obsoleto devido à nova tecnologia, o seu valor no balanço será ajustado para refletir seu valor de mercado reduzido.
Quais erros comuns as empresas cometem ao registrar ativos?
Mesmo empresas experientes podem cometer erros com a contabilidade de ativos. Veja algumas armadilhas a serem observadas:
Superestimar o valor dos ativos: é fácil supervalorizar um ativo, especialmente com intangíveis, como a reputação da marca. Valores de ativos inflacionados podem levar a projeções financeiras irrealistas e tomada incorreta de decisões.
Negligenciar ativos intangíveis: algumas empresas se concentram apenas em ativos físicos e ignoram o valor de propriedades intelectuais ou de outros intangíveis. Esse descuido pode subestimar o verdadeiro valor de um negócio.
Esquecer da depreciação: a não contabilização da depreciação distorce os relatórios financeiros e pode levar a despesas surpresas.
Misturar ativos pessoais e empresariais: os proprietários de pequenas empresas muitas vezes misturam recursos pessoais e empresariais. Isso pode complicar o acompanhamento financeiro e causar problemas durante as auditorias.
O conteúdo deste artigo é apenas para fins gerais de informação e educação e não deve ser interpretado como aconselhamento jurídico ou tributário. A Stripe não garante a exatidão, integridade, adequação ou atualidade das informações contidas no artigo. Você deve procurar a ajuda de um advogado competente ou contador licenciado para atuar em sua jurisdição para aconselhamento sobre sua situação particular.