Como levantar capital para sua startup: um guia sobre etapas e fontes de financiamento

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Saiba mais 
  1. Introdução
  2. Quais são as etapas de financiamento de uma startup?
  3. A importância da captação de recursos para cada etapa de uma startup
  4. Fontes de financiamento para startups
    1. Autofinanciamento/bootstrapping
    2. Amigos e familiares
    3. Investidores-anjo
    4. Capital de risco
    5. Crowdfunding
    6. Subsídios e concessões governamentais
    7. Empréstimos bancários e linhas de crédito
  5. Como criar um plano de financiamento para uma startup

Levantar capital para uma startup é um processo que envolve a obtenção de fundos para ajudar no crescimento e desenvolvimento de um novo empreendimento, transformando uma ideia inovadora em um empreendimento viável. Muitas startups precisam ter acesso a um alto valor para cobrir despesas iniciais, como desenvolvimento de produtos, pesquisa de mercado, contratação de funcionários e crescimento operacional.

Abaixo, descrevemos como uma startup pode levantar capital, incluindo etapas de captação de recursos, fontes comuns de financiamento e planos adequados para os objetivos e o estágio de desenvolvimento da sua startup.

Neste artigo:

  • Quais são as etapas de financiamento de uma startup?
  • A importância da captação de recursos para cada etapa de uma startup
  • Fontes de financiamento para startups
  • Como montar um plano de financiamento para uma startup

Quais são as etapas de financiamento de uma startup?

As etapas de financiamento de uma startup representam diferentes fases do ciclo de vida de uma empresa, cada uma com características, objetivos e tipos de investidores distintos. Elas também exigem diferentes níveis de financiamento: A Crunchbase informou que a rodada seed média no primeiro trimestre de 2023 para startups dos EUA foi de US$ 3,6 milhões, enquanto a rodada Série A média foi de US$ 18,7 milhões. Veja uma breve descrição dessas etapas:

  • Financiamento pré-seed
    É considerada a primeira fase de financiamento. Geralmente, os fundadores usam recursos próprios ou fundos de amigos e familiares para lançar o negócio. O financiamento pré-seed costuma preceder o desenvolvimento do produto.

  • Financiamento seed
    O financiamento seed é a primeira etapa oficial de financiamento, normalmente realizado depois que uma startup alcançou um pequeno crescimento. Participam dessa etapa investidores-anjo, incubadoras e empresas de capital de risco, que se especializam em investimentos em estágio inicial.

  • Financiamento de Série A
    Nesse estágio, as startups já atingiram um certo grau de maturidade (base de usuários estabelecida, números de receita consistentes ou algum outro indicador-chave de desempenho). As empresas de capital de risco são os principais investidores nas rodadas Série A. Elas esperam ver um modelo de negócios desenvolvido e uma estratégia clara para obter lucro.

  • Financiamento de Série B
    As empresas que alcançam esse estágio estão bem estabelecidas e buscam ampliar seu alcance de mercado. O financiamento de série B geralmente vem de empresas de capital de risco.

  • Financiamento de Série C e além
    Essas rodadas de financiamento (séries C, D e mais) costumam ser maiores, pois a empresa já tem um histórico comprovado. Essas rodadas podem envolver empresas de capital privado, bancos de investimento e, em alguns casos, fundos de hedge. O objetivo final dessas rodadas de financiamento muitas vezes é preparar a empresa para uma oferta pública inicial (IPO) ou uma aquisição.

Cada etapa reflete uma etapa do crescimento de uma startup, desde a concepção da ideia até a expansão no mercado, e requer diferentes valores e tipos de investidores. As expectativas, os riscos e o envolvimento dos investidores variam significativamente entre esses estágios.

A importância da captação de recursos para cada etapa de uma startup

As necessidades de uma startup mudam conforme o estágio, e qualquer esforço de captação de recursos deve considerar a maturidade do negócio. Veja as diferentes etapas do desenvolvimento da startup e como elas influenciam o processo de tomada de decisão de captação de recursos:

  • Financiamento pré-seed e seed
    Nesses estágios iniciais, as startups normalmente não têm capital para transformar suas ideias em produtos ou serviços tangíveis. A captação de recursos financia atividades básicas, como a realização de pesquisas de mercado, o desenvolvimento de produtos e a construção de um produto mínimo viável (MVP). As startups também usam esses fundos para contratar os primeiros funcionários-chave e estabelecer um modelo de negócios. O capital obtido ajuda a validar o conceito do negócio e prepara a startup para o crescimento futuro.

  • Financiamento de Série A
    Depois de desenvolver seu MVP e atingir alguns marcos (número de usuários, receita ou outros indicadores-chave de desempenho), a startup usa o financiamento de Série A para ampliar o negócio. Essa etapa da captação de recursos é focada no refinamento do produto ou serviço, na ampliação da base de clientes e no desenvolvimento de estratégias de marketing eficazes. Os fundos captados financiam a transição de uma startup com uma ideia validada para uma empresa com um modelo de negócios expansível.

  • Financiamento de Série B
    Nesta fase, as startups estão prontas para se expandir significativamente. O financiamento de Série B permite que essas empresas aumentem seu alcance de mercado, invistam na aquisição de talentos, aprimorem sua tecnologia ou infraestrutura e, potencialmente, ingressem em novos mercados ou segmentos. O financiamento apoia os esforços da startup para dominar seu mercado existente ou capturar novos mercados, ficando à frente dos concorrentes.

  • Financiamento de Série C e além
    À medida que avançam para a Série C e novas rodadas, as startups em geral já estão bem estabelecidas em seus mercados. O financiamento de Série C impulsiona a expansão adicional, o desenvolvimento de novos produtos ou a busca de outras oportunidades de crescimento, como aquisições. Essas etapas de financiamento ajudam a solidificar a posição de mercado da empresa e expandir seu alcance, por exemplo, para penetrar no mercado global ou diversificar sua linha de produtos ou serviços.

  • Estratégias de saída
    Muitas startups têm o objetivo de longo prazo de sair por meio de um IPO ou uma aquisição, especialmente quando são financiadas por capital de risco. A captação de recursos em estágios posteriores pode ajudar a elevar o valor de mercado da empresa para torná-la atraente a investidores do mercado de capitais ou potenciais compradores.

Fontes de financiamento para startups

Além de garantir capital, a captação de recursos pode ajudar as startups a conquistar credibilidade, interagir com especialistas do setor e obter insights e mentoria valiosas de investidores experientes. Seu objetivo principal em uma rodada de financiamento determinará as fontes de capital mais adequadas. Para as startups, não faltam opções. Principais fontes de financiamento:

Autofinanciamento/bootstrapping

  • O que é: autofinanciamento ou bootstrapping refere-se à prática de abrir uma empresa com recursos financeiros próprios em vez de fundos externos. A empresa então reinveste suas receitas iniciais de volta no negócio para continuar crescendo.

Prós

  • Controle completo: os empreendedores mantêm total propriedade e controle sobre suas decisões e a direção dos negócios sem influência de investidores externos.

  • Foco na sustentabilidade: muitas empresas independentes priorizam o crescimento lento e constante, o que pode levar a práticas de negócios mais sustentáveis e de longo prazo.

  • Sem pressões de reembolso: sem empréstimos ou investidores externos, não há pressão para cumprir prazos de pagamento ou retorno sobre as expectativas de investimento.

  • Forte sinal aos investidores: a capacidade de usar recursos próprios com sucesso pode ser um forte sinal para futuros investidores do potencial da empresa e do comprometimento do empreendedor.

Contras

  • Recursos limitados: o autofinanciamento pode limitar a quantidade de dinheiro disponível, potencialmente desacelerando o crescimento e ampliando as oportunidades.

  • Risco financeiro pessoal: os empreendedores colocam seu próprio capital em risco, o que pode ser um fardo pesado se o negócio falir.

  • Custo de oportunidade: o dinheiro e o tempo investidos poderiam ter sido usados em outro lugar, com potencial de maiores retornos ou menor risco.

  • Potencial de crescimento lento: o bootstrapping pode levar a um crescimento mais lento, pois o reinvestimento é limitado à geração de receita da própria empresa.

O autofinanciamento é particularmente eficaz para startups que podem ser lançadas e desenvolvidas sem exigir um capital inicial significativo. É ideal para empreendedores que desejam manter o controle e para empresas com um caminho claro até a lucratividade.

O autofinanciamento pode ser útil para startups focadas em serviços ou com requisitos mínimos de capital inicial, pois permite que os empreendedores ampliem as operações em um ritmo autodeterminado. No entanto, para empreendimentos que são exigem muito capital ou precisam crescer rapidamente para garantir a posição dominante no mercado, essa abordagem pode ser menos eficaz.

Amigos e familiares

  • O que é: o financiamento de amigos e familiares envolve a busca de apoio financeiro de conexões pessoais. Esse tipo de financiamento costuma ser uma das primeiras fontes que os empreendedores consideram por conta da confiança e das relações pessoais envolvidas.

Prós

  • Simplicidade e rapidez: a captação de recursos de amigos e familiares pode ser menos complicada e mais rápida do que os canais formais de investimento, com menos formalidades e exigências legais.

  • Termos flexíveis: empréstimos ou investimentos de amigos e familiares podem vir com condições de pagamento mais flexíveis e taxas de juros mais baixas em comparação a empréstimos tradicionais.

  • Apoio emocional: amigos e familiares podem fornecer apoio emocional e moral, que pode ser inestimável durante os desafios iniciais de uma startup.

  • Confiança reforçada: esses investidores já conhecem e acreditam no empreendedor, o que pode levar a um compromisso mútuo mais forte com o sucesso do negócio.

Contras

  • Tensão potencial de relacionamento: misturar relacionamentos pessoais com negócios pode gerar situações de tensão ou conflito, especialmente se a startup tiver dificuldades ou fracassar.

  • Potencial de financiamento limitado: amigos e familiares podem não ter meios para injetar grandes valores, o que pode limitar o potencial de crescimento da startup.

  • Falta de expertise empresarial: ao contrário dos investidores profissionais, amigos e familiares podem não ser capazes de fornecer a valiosa experiência de negócios ou oportunidades de networking necessárias para o crescimento.

  • Gestão de patrimônio: aceitar investimentos de conexões pessoais pode complicar a distribuição de ações e futuras rodadas de investimento.

O financiamento de amigos e familiares é eficaz para startups em estágio inicial que precisam de uma quantidade relativamente pequena de capital para sair do papel ou alcançar o próximo marco. É ideal para empreendedores que possuem uma forte rede pessoal disposta a investir em sua visão. É menos adequado para startups que exigem capital significativo, querem evitar riscos de relacionamento pessoal ou precisam de experiência e conexões estratégicas de negócios.

Investidores-anjo

  • O que é: o investimento anjo é feito por pessoas que fornecem capital para uma startup, geralmente em troca de dívida conversível ou capital de propriedade. Grupos de investidores-anjo investiram aproximadamente US$ 950 milhões em 2021. Normalmente, esses investidores oferecem experiência, mentoria e acesso às suas redes, além de suporte financeiro.

Prós

  • Mentoria e orientação: os investidores-anjo geralmente têm experiência empreendedora e podem oferecer conselhos e mentoria valiosos para ajudar as startups a superar os obstáculos iniciais.

  • Oportunidades de networking: eles podem conectar as startups a potenciais parceiros, clientes e futuros investidores por meio de suas redes estabelecidas.

  • Menos formalidade e decisões mais rápidas: ao contrário do financiamento tradicional, o investimento anjo pode ser menos formal e mais rápido na tomada de decisões, permitindo que as startups acessem os fundos mais rapidamente.

  • Potencial para rodadas adicionais: Um investimento anjo bem-sucedido pode levar a novas rodadas de financiamento e maior credibilidade no mercado.

Contras

  • Valores de financiamento limitados: os investidores-anjo podem não ser capazes de fornecer grandes somas de dinheiro, o que pode ser insuficiente para startups que precisam de muito capital.

  • Requisito de equivalência patrimonial: as startups muitas vezes têm que abrir mão de uma parte de seu patrimônio, o que significa uma perda de controle sobre a empresa.

  • Alinhamento de interesses: investidores e fundadores precisam alinhar fortemente em seus interesses e expectativas para evitar conflitos.

  • Diluição de ações: rodadas de investimento futuras podem diluir a participação do investidor-anjo, a menos que acordos adequados estejam em vigor.

O investimento anjo é particularmente eficaz para startups em estágio inicial que precisam de capital para provar seu conceito ou atingir um determinado marco. É ideal para startups que possam demonstrar potencial de alto retorno e estejam abertas a mentorias. É menos ideal para empreendimentos que precisam de grandes valores imediatamente ou que desejam manter o controle total sobre seus negócios.

Capital de risco

  • O que é: os venture capitalists (VCs) são investidores profissionais ou empresas que investem fundos de indivíduos com alto patrimônio líquido, corporações, fundos de pensão e outras fontes em startups de alto potencial de crescimento. Em 2021, os VCs investiram US$ 671 bilhões globalmente. Os venture capitalists normalmente fornecem mais do que apenas capital. Eles também oferecem mentoria, orientação estratégica e acesso a uma rede mais ampla de parceiros, clientes e futuros investidores.

Prós

  • Grandes quantias: os fundos de capital de risco são capazes de investir somas significativas, muitas vezes necessárias para um crescimento rápido.

  • Expertise e mentoria: esses fundos oferecem valiosa experiência no setor, perspicácia de negócios e orientação operacional.

  • Oportunidades de networking: o acesso a uma ampla rede de contatos do setor, clientes em potencial e parceiros pode ser inestimável para o crescimento.

  • Credibilidade e prestígio: a associação com venture capitalists conhecidos pode aumentar a credibilidade de uma startup aos olhos de clientes, parceiros e futuros investidores.

Contras

  • Patrimônio e controle: em troca do investimento, os venture capitalists geralmente exigem uma parcela de capital. Essa participação acionária pode ser substancial, potencialmente reduzindo o controle dos fundadores sobre a empresa.

  • Altas expectativas de crescimento e retorno: fundos de capial de risco investem com a expectativa de um alto retorno, geralmente por meio de uma estratégia de saída, como uma IPO ou aquisição. Isso pode pressionar as startups a priorizarem o crescimento rápido.

  • Processo rigoroso de due diligence: o financiamento de capital de risco é altamente competitivo e envolve um processo de verificação minucioso.

  • Alinhamento de interesses: os fundadores devem garantir que sua visão esteja alinhada à dos investidores de capital de risco para evitar conflitos futuros.

Startups com um modelo de negócios comprovado, potencial de crescimento comprovado e que precisam de capital significativo para expansão rápida são as mais indicadas para financiamento de capital de risco. É uma opção relevante para startups de tecnologia, especialmente em setores como biotecnologia, healthtech e fintech, onde grandes investimentos de capital são frequentemente necessários para crescimento e desenvolvimento. Esse tipo de investimento não costuma ser muito adequado para pequenas empresas ou startups com ambições de crescimento modestas, ou empresas em estágios iniciais de desenvolvimento sem um caminho claro até a lucratividade.

Crowdfunding

  • O que é: crowdfunding envolve a arrecadação de pequenas quantias de dinheiro de um grande número de pessoas, geralmente por meio de plataformas online. Existem diferentes tipos de crowdfunding: baseado em recompensas, ações, doações e dívidas.

Prós

  • Validação de mercado e engajamento de clientes: o crowdfunding permite às startups testar a demanda do mercado por seu produto ou serviço e criar uma base de clientes antes do lançamento.

  • Marketing e exposição: o lançamento de uma campanha de crowdfunding pode gerar atenção significativa da mídia e interesse público, servindo como uma poderosa ferramenta de marketing.

  • Flexibilidade e acessibilidade: esse tipo de investimento oferece uma maneira mais acessível para as startups levantarem fundos sem investidores ou credores tradicionais.

  • Potencial de financiamento adicional: as campanhas bem-sucedidas podem arrecadar mais do que a meta estabelecida, garantindo capital adicional.

Contras

  • O sucesso não é garantido: um número significativo de campanhas não consegue atingir suas metas de financiamento.

  • Requer apresentação convincente: as startups devem criar uma apresentação persuasiva e oferecer recompensas atraentes para se destacar, o que pode consumir tempo e recursos.

  • Tarifas e custos da plataforma: as plataformas de crowdfunding cobram uma tarifa, e há custos adicionais de marketing e processamento de recompensas.

  • Risco de propriedade intelectual: ao compartilhar publicamente sua ideia ou produto, você tem o risco maior de que eles sejam copiados.

O crowdfunding pode ser uma boa solução para startups que têm uma história atraente ou um produto inovador e desejam validar seu conceito com um público mais amplo. Isso é especialmente verdadeiro para startups que oferecem produtos focados no consumidor. Mas para startups que estão na fase de ideação, sem um produto concreto, ou que exigem grandes quantidades de capital para pesquisa e desenvolvimento, pode não ser tão apropriado.

Subsídios e concessões governamentais

  • O que é: essa fonte de financiamento engloba apoio financeiro fornecido por entidades governamentais. Normalmente, são subsídios para projetos, pesquisas ou iniciativas específicas e não exigem reembolso. Os subsídios podem incluir incentivos fiscais ou outras vantagens financeiras para ajudar empresas em determinados setores ou regiões.

Prós

  • Financiamento sem diluição: subsídios e concessões não exigem participação acionária, permitindo que os fundadores mantenham a propriedade total da startup.

  • Apoio à inovação e à P&D: muitos subsídios visam promover a inovação, pesquisa e desenvolvimento, o que pode ser particularmente benéfico para startups de tecnologia ou de base científica.

  • Credibilidade e validação: receber apoio do governo pode aumentar a credibilidade de uma startup, tornando-a mais atrativa para outros investidores e parceiros.

  • Auxílio financeiro: os subsídios, como incentivos fiscais, podem aliviar a carga financeira sobre as startups, melhorando o fluxo de caixa e a lucratividade.

Contras

  • Altamente competitivo: subsídios e concessões costumam ter muita concorrência, o que dificulta a obtenção de financiamento.

  • Processos complexos: o processo de candidatura pode ser moroso e complexo, exigindo propostas detalhadas e o cumprimento de diretrizes específicas.

  • Restrições e prestação de contas: normalmente, os fundos são destinados a finalidades específicas, e as startups talvez precisem demonstrar progresso e resultados.

  • Disponibilidade inconsistente: a disponibilidade de subsídios e concessões pode depender das prioridades e orçamentos do governo, que podem mudar ao longo do tempo.

Startups com foco em setores como tecnologia, saúde, educação, sustentabilidade ambiental e atividades sociais são frequentemente favorecidas pelos subsídios governamentais. Essa opção de financiamento é particularmente benéfica para empresas envolvidas em projetos que envolvem muita pesquisa ou contribuem para objetivos sociais. Os subsídios podem ser mais acessíveis para startups em setores designados ou regiões voltadas para o desenvolvimento econômico.

Empréstimos bancários e linhas de crédito

  • O que é: envolve a captação de dinheiro emprestado de um banco ou instituição financeira. Um empréstimo bancário é uma quantia fixa de capital que deve ser pago com juros durante um período de tempo predeterminado. Uma linha de crédito é um limite flexível de empréstimo que pode ser usado conforme necessário e é frequentemente usado para requisitos de capital de giro de curto prazo.

Prós

  • Estrutura de pagamento previsível: os empréstimos têm cronogramas de pagamento fixos, facilitando o planejamento financeiro.

  • Sem diluição patrimonial: ao contrário do financiamento de capital, os empréstimos não exigem a perda de uma parte do negócio.

  • Construção de crédito: o pagamento pontual de empréstimos pode melhorar a capacidade de crédito da empresa.

Contras

  • Requisito de garantia: os empréstimos geralmente exigem garantias, o que pode ser arriscado se o negócio fracassar.

  • Critérios rígidos de qualificação: os bancos normalmente têm requisitos rigorosos para histórico de crédito e viabilidade de negócios.

  • Ônus da dívida: o pagamento de juros e a obrigação de pagar o valor principal podem ser um fardo significativo, especialmente para startups com receitas imprevisíveis.

As startups que têm um fluxo de caixa estável ou ativos existentes para usar como garantia são mais adequadas para empréstimos bancários. As linhas de crédito são úteis para empresas que precisam ter acesso flexível a fundos para despesas operacionais. Essa fonte de financiamento é ideal para fundadores que desejam manter a propriedade e o controle completos da empresa e estão confiantes em sua capacidade de gerar receita para pagar o empréstimo. Empréstimos bancários e linhas de crédito são menos adequados para startups em estágio muito inicial, sem receita ou ativos para usar como garantia.

Como criar um plano de financiamento para uma startup

A criação de uma estratégia de financiamento para sua startup envolve o desenvolvimento de uma abordagem abrangente que corresponda aos objetivos, ao apetite por risco e à trajetória de crescimento da empresa. Um plano cuidadosamente elaborado serve como um roteiro, orientando como sua startup vai obter e usar recursos financeiros para atingir metas imediatas e alcançar os objetivos de longo prazo. Veja como abordar essa questão:

  • Entenda as necessidades do financiamento
    Primeiro, você precisa ter uma visão clara do que está financiando. Comece elaborando um orçamento detalhado que cubra custos iniciais de abertura, despesas operacionais e um caminho que se estende até você o momento previsto em que a empresa gerará receita sustentável. Fundamente este orçamento em pesquisas de mercado rigorosas e suposições realistas sobre taxas de crescimento e vendas.

  • Mapeie as etapas de financiamento
    Em seguida, considere as etapas de desenvolvimento da sua startup e as necessidades de financiamento correspondentes. Os estágios iniciais podem envolver capital oriundo de economias pessoais, amigos, familiares ou investidores-anjo. Esse capital normalmente cobre o desenvolvimento de produtos e a entrada inicial no mercado. À medida que o negócio amadurece, o financiamento de capital de risco pode se tornar uma possibilidade, visando uma expansão mais agressiva e esforços de expansão. Além disso, o financiamento poderia passar para investimentos estratégicos, capital privado ou até mesmo mercados financeiros por meio de uma IPO.

  • Diversifique as fontes de financiamento
    Depender de uma única fonte de financiamento pode ser arriscado. Uma estratégia de financiamento inteligente requer diversificação. Combine o financiamento tradicional de capital próprio com subsídios, empréstimos ou até mesmo financiamentos baseados em receita em que os pagamentos estejam alinhados aos fluxos de renda. Isso reduz a dependência de investidores ou credores individuais e pode reduzir o custo de capital.

  • Alinhe os marcos do negócio
    Seu plano precisa vincular as rodadas de financiamento a marcos comerciais importantes. Os investidores querem ver como seu capital levará a etapas que agregam valor, seja um lançamento de produto, uma meta de aquisição de usuários ou uma meta de lucratividade. Os marcos também disponibilizam uma estrutura para avaliar o desempenho e fazer ajustes em sua estratégia de financiamento.

  • Prepare-se para a diligência
    Os investidores realizam due diligence antes de comprometer fundos. Organize demonstrações financeiras, planos de negócios, análises de mercado e documentos jurídicos para que estejam prontos para revisão. A demonstração de transparência e preparo pode melhorar significativamente a credibilidade de uma startup e atrair financiadores.

  • Negocie os termos
    Os termos devem proteger os interesses da startup e, ao mesmo tempo, fornecer incentivos aos investidores. Isso pode envolver a negociação de limites de valor de mercado, direitos de voto ou preferências de liquidação. Esteja pronto para recusar qualquer acordo se os termos colocarem a startup em desvantagem.

  • Monitore e ajuste continuamente
    Analise regularmente seu desempenho financeiro e ajuste seu plano de financiamento. As condições de mercado mudam, assim como as necessidades financeiras da sua startup. A flexibilidade permite que você capitalize oportunidades e mitigue os riscos à medida que eles surgem.

  • Fortaleça o relacionamento com os investidores
    As relações de financiamento são de longo prazo. Mantenha uma comunicação aberta com os investidores, fornecendo atualizações regulares e promovendo o senso de parceria. Isso pode levar a mais financiamento no futuro e a conselhos estratégicos valiosos.

  • Considere a estratégia de saída
    Finalmente, considere a estratégia de saída como parte do plano de financiamento. Seja uma aquisição, IPO ou outra forma de saída, a estratégia influenciará o tipo de financiamento que você busca e os investidores com os quais se envolve.

Ao financiar sua startup, alinhe sua estratégia financeira à sua visão de longo prazo, às metas de negócios e aos planos de crescimento. Seja bootstrapping, investimento anjo ou capital de risco, cada opção tem seus próprios benefícios e contrapartidas. Com uma abordagem cuidadosa para o financiamento, sua startup pode construir uma base sólida para crescer e alcançar o sucesso futuro.

O conteúdo deste artigo é apenas para fins gerais de informação e educação e não deve ser interpretado como aconselhamento jurídico ou tributário. A Stripe não garante a exatidão, integridade, adequação ou atualidade das informações contidas no artigo. Você deve procurar a ajuda de um advogado competente ou contador licenciado para atuar em sua jurisdição para aconselhamento sobre sua situação particular.

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