Empresas de e-commerce precisam proteger suas plataformas e proteger os clientes de fraudes no e-commerce. O surgimento de cibercriminosos sofisticados que exploram incansavelmente vulnerabilidades em transações online representa uma ameaça constante para empresas e clientes.
Veja a seguir um guia sobre os tipos de fraude em e-commerce que podem acontecer com empresas e diversas táticas e ferramentas que podem ser usadas para detectar e prevenir fraudes.
Neste artigo:
- O que é fraude em e-commerce?
- Tipos de fraude em e-commerce
- Prevenção e detecção de fraudes em e-commerce
O que é fraude em e-commerce?
Fraude em e-commerce é qualquer tipo de atividade fraudulenta ou golpe que ocorre durante transações online, geralmente com roubo de dados financeiros ou pessoais, compras não autorizadas ou alegações falsas relacionadas a produtos e serviços. O alvo geralmente são varejistas online, sistemas de pagamento e clientes, resultando em perdas financeiras, danos à reputação e erosão da confiança do cliente.
Tipos de fraude em e-commerce
As fraudes em e-commerce podem ocorrer de diversas maneiras, dependendo de como os golpistas escolhem atingir empresas e clientes. Tipos mais comuns:
Roubo de identidade: os criminosos usam dados pessoais roubados para fazer compras online não autorizadas, muitas vezes causando danos financeiros às vítimas desavisadas.
Fraudes com cartões de crédito: os golpistas obtêm dados de cartão de crédito por vários meios e fazem transações não autorizadas, provocando perdas financeiras para os titulares e as empresas.
Fraude em estorno: os clientes contestam transações legítimas, alegando que não fizeram a compra ou não receberam os produtos, o que acaba causando prejuízo financeiro para as empresas.
Phishing e engenharia social: cibercriminosos usam técnicas manipulativas para que os clientes revelem dados pessoais ou financeiros confidenciais ou realizem ações que levem a fraudes ou violações de segurança.
Fraude de violação de conta: usuários não autorizados obtêm acesso à conta de uma vítima, muitas vezes roubando credenciais de login, usadas para cometer fraudes ou roubar dados pessoais.
Fraudes de reembolso: os envolvidos exploram políticas e procedimentos de devolução com falsas alegações de não recebimento ou danos nas mercadorias, para receber reembolsos ou trocas indevidas.
Fraude de afiliados: afiliados inescrupulosos manipulam a estrutura de comissões de um programa de marketing de afiliados gerando leads, vendas ou cliques falsos para receber pagamentos ilegítimos.
Produtos falsificados ou pirateados: os vendedores oferecem itens de baixa qualidade ou falsificados disfarçados de produtos genuínos, enganando os clientes e prejudicando a reputação da marca.
Fraude de drop-shipping: golpistas enganam os clientes, recebendo pagamentos por itens que não são enviados, ou usando dados roubados de cartões de crédito para comprar produtos de outros varejistas e enviá-los diretamente para a vítima.
As fraudes em e-commerce são preocupantes com o rápido crescimento das compras online e das transações digitais. Para combater essas ameaças, as empresas precisam investir em medidas robustas de segurança, sistemas de detecção de fraudes e treinamento dos funcionários para minimizar o risco de fraudes e proteger os clientes e as próprias empresas. As táticas para as empresas são tão variadas e dinâmicas quanto os tipos de fraude em e-commerce.
Prevenção e detecção de fraudes em e-commerce
As empresas podem combinar métodos para prevenção, detecção e resposta a fraudes em e-commerce para proteger a si mesmas e aos clientes contra diversas ameaças. Alguns desses métodos:
1. Autenticação multifator (MFA)
A autenticação multifator, também conhecida como autenticação de dois fatores (2FA) ou verificação em duas etapas, é um processo de segurança que exige que os usuários forneçam pelo menos duas formas diferentes de identificação para confirmar sua identidade ao fazer login ou realizar uma transação confidencial. A MFA aumenta a segurança, dificultando o acesso a contas ou sistemas para usuários não autorizados, mesmo que eles tenham obtido uma forma de identificação.
Os fatores de autenticação podem se enquadrar em três categorias principais:
- Algo que você sabe: senhas, PINs ou perguntas de segurança que o usuário deve fornecer para provar sua identidade.
- Algo que você tem: objetos ou dispositivos físicos que o usuário possui, como um token, um smartphone com aplicativo de autenticação ou um cartão inteligente.
- Algo que você é: identificadores biométricos exclusivos para o usuário, como impressões digitais, reconhecimento facial ou padrões de voz.
A MFA normalmente exige que o usuário combine pelo menos dois desses fatores para obter acesso. Por exemplo, o usuário pode precisar digitar uma senha (algo que ele sabe) e, em seguida, fornecer um código de uso único gerado por um aplicativo autenticador em seu smartphone (algo que ele tem). Isso dificulta o acesso não autorizado dos invasores, já que eles precisariam comprometer vários fatores de autenticação.
2. Machine learning e inteligência artificial
O machine learning (ML) e a inteligência artificial (IA) são cada vez mais usados para prevenir e detectar fraudes no comércio eletrônico, devido à sua capacidade de analisar grandes volumes de dados, identificar padrões e se adaptar às tendências em evolução. Essas tecnologias aumentam a precisão e a eficiência da detecção de possíveis fraudes, reduzindo a dependência de revisão manual e sistemas baseados em regras.
Veja como o ML e a IA podem ser aplicados à prevenção e detecção de fraudes em e-commerce:
Detecção de anomalias: os algoritmos de ML podem analisar grandes quantidades de dados transacionais para identificar atividades incomuns ou suspeitas que se desviam dos padrões estabelecidos. Essas anomalias podem então ser sinalizadas para uma investigação mais aprofundada.
Pontuação de risco: Os sistemas de IA podem atribuir pontuações de risco a transações com base em vários fatores, como histórico de transações, comportamento do usuário, geolocalização e informações do dispositivo. As transações de alto risco podem ser marcadas para análise manual ou medidas adicionais de autenticação.
Análise preditiva: usando dados históricos e identificando padrões, os modelos de ML podem prever possíveis fraudes, permitindo que as empresas tomem medidas proativas para mitigar riscos.
Análise do comportamento: os sistemas baseados em IA podem analisar o comportamento do usuário, como velocidade de digitação, movimentos do mouse e padrões de navegação, para identificar inconsistências que podem indicar fraude ou tentativas de violação de conta.
Monitoramento em tempo real: ML e IA podem processar grandes quantidades de dados em tempo real, permitindo a detecção e a resposta imediatas a possíveis ameaças.
Aprendizagem adaptativa: uma das principais vantagens do ML e da IA é sua capacidade de aprender e se adaptar às novas tendências e à evolução das táticas usadas por fraudadores. Esse processo de aprendizado contínuo ajuda a manter a eficácia dos sistemas de detecção de fraude ao longo do tempo.
Redução de falsos positivos: os sistemas tradicionais de detecção de fraude, baseados em regras, podem gerar um alto número de falsos positivos, levando à insatisfação dos clientes e à perda de vendas. O machine learning e a IA podem melhorar a precisão da detecção de fraudes considerando uma gama maior de fatores e ajustando-se dinamicamente a novas informações.
3. Gateways de pagamento seguros
Gateways de pagamento seguros facilitam o processamento seguro de pagamentos online entre clientes, empresas e instituições financeiras. Esses gateways garantem que as informações financeiras confidenciais, como números de cartão de crédito e dados de contas bancárias, sejam criptografadas e transmitidas com segurança para evitar acesso não autorizado, violações de dados e fraudes.
4. Certificados SSL e criptografia
Os certificados SSL (Secure Sockets Layer) e a criptografia protegem os dados confidenciais transmitidos entre o navegador de um usuário e o servidor de um site, garantindo que as informações permaneçam confidenciais e seguras contra acesso não autorizado, adulteração ou interceptação.
Os certificados SSL são certificados digitais que autenticam a identidade de um site e estabelecem uma conexão criptografada entre o navegador do usuário e o servidor do site. Veja como os certificados SSL e a criptografia contribuem para uma comunicação online segura:
Autenticação: os certificados SSL validam a identidade de um site, confirmando que o nome de domínio está registrado na organização correta. Isso ajuda os usuários a confiar que estão se comunicando com o site pretendido e não com um impostor mal-intencionado.
Criptografia: os certificados SSL facilitam o uso de algoritmos que criptografam com segurança os dados transmitidos entre o navegador do usuário e o servidor do site. Isso garante que dados confidenciais, como credenciais de login, números de cartão de crédito e dados pessoais, permaneçam confidenciais e não possam ser interceptados ou lidos por terceiros não autorizados.
Experiência de navegação segura: sites com certificados SSL exibem um ícone de cadeado ou uma barra de endereços verde no navegador do usuário, indicando que a conexão é segura. Essa sugestão visual garante aos usuários que seus dados estão sendo protegidos.
Melhoria da confiança e credibilidade: ter um certificado SSL e usar criptografia cria confiança com os usuários, demonstrando que o site está comprometido em proteger seus dados e privacidade. Isso pode aumentar a confiança do usuário, as taxas de conversão e a fidelidade do cliente.
Benefícios do SEO: mecanismos de busca como o Google consideram certificados SSL e conexões seguras como fatores de classificação em seus algoritmos. Sites com certificados SSL podem experimentar classificações aprimoradas nos mecanismos de pesquisa, resultando em visibilidade ampliada e maior tráfego.
Conformidade: muitos setores e regulamentações, como o Padrão de Segurança de Dados do Setor de Cartões de Pagamento (PCI DSS), que gerencia dados de cartão de crédito, exigem o uso de certificados SSL e criptografia para proteger dados confidenciais.
Para implementar a criptografia SSL, os proprietários de sites devem obter um certificado SSL de uma autoridade de certificação (CA) confiável e instalá-lo em seu servidor Web. Uma vez instalado, o servidor usa o certificado SSL para estabelecer conexões criptografadas com os navegadores dos usuários, garantindo que todos os dados transmitidos estejam seguros e protegidos contra acessos não autorizados.
5. Rastreamento IP e geolocalização
Rastreamento IP e geolocalização são técnicas para determinar a localização geográfica de um dispositivo conectado à internet, usando seu endereço IP (internet protocol). Esses métodos são amplamente empregados na prevenção e detecção de fraudes em e-commerce, pois ajudam as empresas a identificar atividades incomuns ou suspeitas que podem indicar fraudes ou acesso não autorizado.
Alguns exemplos de como o rastreamento de Ips e a geolocalização contribuem para a segurança do comércio eletrônico:
Detecção de padrões incomuns: o monitoramento de endereços IP e dados de geolocalização pode revelar atividades suspeitas, como várias transações de locais diferentes em um curto período ou tentativas de login de locais desconhecidos, o que pode indicar fraude ou tentativas de violação de conta.
Restrições por geolocalização: as empresas podem configurar filtros de geolocalização para bloquear transações ou tentativas de acesso de países ou regiões específicos com altas taxas de fraude, reduzindo o risco de fraudes.
Serviço de verificação de endereço: comparar os dados de geolocalização de um endereço IP com o endereço de cobrança fornecido pelo cliente durante uma transação pode ajudar a detectar discrepâncias e evitar transações não autorizadas.
Análise de identidade digital: o rastreamento de Ips e a geolocalização podem ser combinados com outros dados, como a impressão digital do dispositivo, para criar uma identidade digital mais abrangente para os usuários. Isso ajuda as empresas a avaliar o risco associado a uma transação com mais precisão e a identificar possíveis fraudes.
Verificações de geovelocidade: monitorar o tempo e a distância entre transações ou tentativas de login consecutivas pode ajudar a detectar atividades suspeitas. Por exemplo, se um usuário faz uma compra de um país e outro compra de um país diferente dentro de um período muito curto, isso pode indicar uma conta comprometida ou dados de cartão de crédito roubados.
Experiência do usuário personalizada: os dados de geolocalização podem ser usados para personalizar opções de conteúdo, idioma e moeda com base na localização do usuário, melhorando a experiência geral do cliente.
Conformidade regulatória: algumas empresas precisam cumprir leis e regulamentos locais relacionados à privacidade de dados, tributação ou restrições de conteúdo. O rastreamento de IP e a geolocalização podem ajudar a impor esses requisitos de conformidade, identificando a localização do usuário e aplicando as regras apropriadas.
A incorporação do rastreamento de IP e da geolocalização em estratégias de prevenção e detecção de fraudes aprimora as medidas de segurança das empresas de e-commerce, reduz o risco de fraudes e melhora a experiência geral do cliente, além de ajudar as empresas a cumprir as regulamentações locais e fornecer uma experiência de usuário mais personalizada com base na localização do cliente.
6. Verificações de velocidade
As verificações de velocidade são uma técnica de prevenção e detecção de fraudes para monitorar e analisar a velocidade e a frequência de transações, logins ou outras atividades online associadas a um usuário ou dispositivo. Essas verificações ajudam a identificar padrões incomuns ou suspeitos que podem indicar fraudes ou tentativas de violação de conta. As verificações de velocidade podem ser implementadas em vários níveis, como contas de usuário, endereços IP, dispositivos ou cartões de crédito.
7. Equipes de prevenção a fraudes
As equipes de prevenção de fraudes desenvolvem e implementam estratégias de segurança abrangentes que protegem empresas e clientes contra vários tipos de ameaças online. Essas equipes são compostas por especialistas em áreas como segurança cibernética, análise de dados e gerenciamento de riscos que trabalham juntos para monitorar, detectar e responder a possíveis fraudes. Elas são responsáveis por acompanhar novas tendências, tecnologias e práticas recomendadas de combate a fraudes para garantir que as medidas de segurança da organização permaneçam eficazes e flexíveis.
8. Auditorias e atualizações de segurança regulares
Auditorias e atualizações de segurança regulares ajudam a identificar vulnerabilidades, avaliar a eficácia de seus controles de segurança e acompanhar os mais recentes padrões e práticas recomendadas de segurança.
Visão geral das partes importantes de auditorias e atualizações de segurança regulares, no contexto do comércio eletrônico:
Avaliações de vulnerabilidade: as auditorias de segurança regulares envolvem a varredura e o teste da plataforma de comércio eletrônico, da infraestrutura do servidor e dos aplicativos em busca de vulnerabilidades, configurações incorretas e fraquezas que poderiam ser exploradas por cibercriminosos. Esse processo ajuda a priorizar e resolver os principais problemas de segurança para minimizar o risco de fraudes ou violações de dados.
Testes de penetração: os testes de penetração, também conhecidos como hacking ético, envolvem especialistas em segurança cibernética simulando ataques do mundo real para avaliar a eficácia das medidas de segurança e identificar áreas que precisam de melhorias.
Auditorias de conformidade: as empresas precisam garantir que suas plataformas de comércio eletrônico estejam em conformidade com os padrões de segurança relevantes, como PCI DSS, Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR) ou outros regulamentos específicos do setor. Auditorias de conformidade regulares ajudam a manter seu status de conformidade e evitar possíveis multas e penalidades.
Revisão da política de segurança: revisar e atualizar regularmente políticas e procedimentos de segurança ajuda as empresas a se adaptarem às ameaças e garantir que todos os funcionários estejam cientes de suas funções e responsabilidades na manutenção de um ambiente de comércio eletrônico seguro.
Gerenciamento de patches: atualizar regularmente software, plugins e sistemas com os patches de segurança mais recentes é importante para resolver quaisquer vulnerabilidades conhecidas e reduzir o risco de ataques cibernéticos. Um processo robusto de gerenciamento de patches garante a aplicação oportuna e eficiente de atualizações, minimizando possíveis problemas de inatividade e compatibilidade.
Avaliações de fornecedores terceirizados: as empresas também devem avaliar as medidas de segurança e conformidade de fornecedores terceirizados, como processadores de pagamentos ou provedores de serviços em nuvem, pois esses fornecedores podem introduzir possíveis vulnerabilidades no ambiente de comércio eletrônico.
9. Treinamento e conscientização dos funcionários
O treinamento e a conscientização dos funcionários são componentes-chave da estratégia geral de segurança de uma organização, especialmente para empresas de comércio eletrônico. Os funcionários desempenham um papel importante na manutenção da segurança e integridade das plataformas de comércio eletrônico e das empresas, uma vez que geralmente lidam com dados confidenciais de clientes, acessam sistemas críticos e interagem com os clientes. Com treinamento regular e conscientização sobre as melhores práticas de segurança, as organizações podem criar uma cultura de vigilância e reduzir a probabilidade de erros humanos que possam provocar incidentes de segurança ou fraudes.
Alguns aspectos importantes do treinamento e conscientização dos funcionários no comércio eletrônico:
Treinamento de integração: novos contratados devem receber treinamento de segurança no processo de integração, aprender as políticas, procedimentos e práticas recomendadas de segurança da organização desde o início.
Aprendizagem contínua: atualizar e reforçar regularmente o treinamento de segurança ajuda os funcionários a acompanharem novas ameaças, tecnologias e práticas recomendadas de segurança em evolução. Isso pode incluir workshops ou módulos de treinamento online.
Conscientização sobre phishing: os funcionários devem ser treinados para reconhecer e denunciar e-mails de phishing, ataques de engenharia social e outras táticas comuns usadas por cibercriminosos para obter acesso não autorizado a informações ou sistemas confidenciais.
Senhas fortes: treinar os funcionários na criação de senhas únicas e fortes e no uso de MFA pode reduzir significativamente o risco de acesso não autorizado a sistemas de comércio eletrônico e dados de clientes.
Tratamento de dados e privacidade: os funcionários devem ser treinados sobre o manuseio adequado de dados e práticas de privacidade, aprendendo a armazenar, processar e transmitir com segurança dados confidenciais do cliente e a cumprir os regulamentos de proteção de dados, como o GDPR ou a Lei de Privacidade do Consumidor da Califórnia (CCPA).
Resposta a incidentes: os funcionários devem conhecer o plano de resposta a incidentes da organização e saber o que fazer se identificarem uma violação de segurança ou suspeitarem de fraude.
Cultura de segurança: a promoção de uma cultura de segurança dentro da organização incentiva os funcionários a assumir a responsabilidade de manter um ambiente de comércio eletrônico seguro e relatar quaisquer possíveis problemas ou questões de segurança.
Avaliações e atualizações periódicas: avaliar a eficácia dos programas de treinamento de funcionários e fazer melhorias com base no feedback ou em novas situações pode garantir que o treinamento permaneça relevante e eficaz.
Os programas de treinamento e conscientização preparam os funcionários para atuarem como a primeira linha de defesa contra ameaças de segurança e fraude, resultando em um ambiente de compras online mais seguro e confiável para os clientes e operações mais eficientes e à prova de fraudes em geral.
10. Educação do cliente
A educação do cliente promove uma experiência de compra online segura e protege os clientes contra fraudes no comércio eletrônico. Ao fornecer aos clientes as informações e ferramentas necessárias, as empresas podem capacitá-los a tomar decisões informadas, proteger seus dados pessoais e detectar possíveis fraudes ou ameaças à segurança.
Veja como a educação do cliente pode reforçar as medidas antifraude no comércio eletrônico:
Práticas seguras de compras online: informe os clientes sobre práticas seguras de compras online, como comprar apenas em sites confiáveis, procurar indicadores de segurança como certificados HTTPS e SSL e evitar redes públicas de wi-fi para fazer transações.
Senhas fortes: incentive os clientes a criar senhas fortes e exclusivas para suas contas e usar MFA sempre que possível. Isso pode ajudar a evitar acesso não autorizado e invasões de conta.
Reconhecer phishing e engenharia social: ensine os clientes a identificar e denunciar e-mails de phishing ou ataques de engenharia social que tentam induzi-los a fornecer dados confidenciais ou clicar em links suspeitos. Garanta que seus clientes entendam como sua empresa se comunica (e como ela nãos e comunica) com eles.
Formas de pagamento seguras: informe os clientes sobre as vantagens de usar formas de pagamento seguras, como cartões de crédito ou carteiras digitais, que normalmente oferecem proteção adicional contra fraudes e opções de resolução de contestações.
Monitoramento de contas: incentive os clientes a monitorar regularmente as atividades da conta, verificando se há transações não autorizadas ou alterações nos dados pessoais.
Consciência de privacidade: instrua os clientes sobre a importância de proteger suas dados pessoais e como a empresa gerencia seus dados em conformidade com os regulamentos de privacidade relevantes.
Denúncia de atividades suspeitas: forneça instruções claras sobre como denunciar atividades suspeitas, como transações não autorizadas, tentativas de phishing ou tentativas de violação de conta, à empresa ou às autoridades competentes.
Atualizações e alertas de segurança: mantenha os clientes informados sobre novos recursos de segurança, possíveis ameaças ou atualizações da política de privacidade da plataforma de comércio eletrônico por meio de boletins informativos, postagens em blogs ou atualizações de mídias sociais.
11. Gerenciamento de estornos
O gerenciamento de estornos ajuda as empresas a mitigar o impacto financeiro dos estornos, reduzir a probabilidade de contestações futuras e manter um relacionamento saudável com processadores de pagamentos e bandeiras de cartão. Estornos ocorrem quando um cliente contesta uma transação e os fundos são devolvidos ao cliente pelo banco emissor. Isso pode ocorrer por diversos motivos, como transações não autorizadas, insatisfação com o produto ou problemas na entrega.
Para obter mais informações sobre como evitar estornos, leia mais sobre o assunto:
12. Monitoramento de transações e comportamento do usuário
O monitoramento das transações e do comportamento dos usuários permite que as empresas identifiquem e respondam a atividades suspeitas em tempo real. Com rastreio e análise de padrões de transação, tentativas de login e outras ações do usuário, as empresas podem detectar fraudes, tentativas de violação de conta e outras ameaças à segurança.
Veja como as empresas monitoram transações e observam o comportamento dos usuários:
Pontuação de risco: a atribuição de pontuações de risco a transações com base em fatores como valor, localização, dispositivo e histórico de compras anteriores pode ajudar as empresas a identificar possíveis fraudes e tomar as medidas apropriadas.
Monitoramento em tempo real: o monitoramento contínuo das transações e do comportamento do usuário em tempo real permite que as empresas detectem e respondam rapidamente a possíveis ameaças, minimizando perdas financeiras e danos à reputação.
Análise comportamental: analisar o comportamento do usuário, como padrões de navegação, movimentos do mouse e dinâmica de pressionamento de teclas, pode ajudar as empresas a identificar golpistas ou bots, uma vez que seu comportamento pode diferir significativamente daquele dos clientes genuínos.
Monitoramento de contas: o monitoramento regular das contas de usuários em busca de atividades incomuns, como várias tentativas malsucedidas de login, alterações em dados pessoais ou padrões de transação incomuns, pode ajudar a detectar tentativas de violação de conta ou fraudes.
Monitoramento cross-channel: o monitoramento do comportamento do usuário em vários canais, como web, dispositivos móveis e redes sociais, pode esclarecer as interações com os clientes e possíveis padrões de fraude.
13. Configurar regras e filtros para detecção de fraudes
A configuração de regras e filtros de detecção de fraudes ajuda a identificar e responder a atividades ou transações suspeitas com agilidade e eficiência. Identificando critérios e limites específicos indicadores de fraude, as empresas podem sinalizar ou bloquear transações correspondentes a esses padrões.
Como funcionam as regras e filtros de detecção de fraudes para empresas de comércio eletrônico:
Regras personalizáveis: desenvolva regras personalizadas de detecção de fraudes de acordo com os fatores de risco específicos da empresa, como tamanho da transação, dados demográficos dos clientes, tipos de produtos e padrões históricos de fraude. Essas regras devem ser ajustáveis para se adaptarem à evolução das tendências de fraude e às necessidades das empresas.
Limites dinâmicos: implemente limites dinâmicos para vários indicadores de risco, como valores de transação, frequência das transações ou verificações de velocidade. Isso pode ajudar a evitar falsos positivos e garantir que transações legítimas não sejam sinalizadas indevidamente como fraudes.
Triagem em tempo real: aplique regras e filtros de detecção de fraudes em tempo real para identificar e responder rapidamente a possíveis ameaças e minimizar o impacto das fraudes na empresa e nos clientes.
Machine learning e IA: incorpore algoritmos de machine learning e inteligência artificial ao seu sistema de detecção de fraudes para aprender continuamente com dados históricos e adaptar-se a novos padrões de fraude. Isso pode melhorar a precisão e a eficácia de suas regras e filtros ao longo do tempo.
Abordagem multicamadas: use uma combinação de regras, filtros e outras técnicas de prevenção contra fraudes, como rastreamento de IP, geolocalização, identificação de dispositivos e autenticação multifator, para criar um sistema de detecção abrangente e robusto.
Revisão e otimização regulares: revise e analise regularmente a eficácia de suas regras e filtros de detecção de fraudes, ajustando-os conforme necessário para novas tendências, reduzir os falsos positivos e minimizar o impacto sobre os clientes legítimos.
Integração com outras ferramentas: integre suas regras e filtros de detecção com outras ferramentas de prevenção de fraudes e gerenciamento de riscos, como gateways de pagamento seguros, criptografia SSL e sistemas de verificação de clientes, para criar uma estratégia de segurança abrangente e coesa.
14. Empregar sistemas de verificação de endereços e cartões
O uso de sistemas de verificação de endereços e cartões ajuda as empresas a confirmar a autenticidade das informações de cobrança dos clientes e reduzir a probabilidade de fraudes. Esses sistemas de verificação comparam as informações fornecidas pelo cliente durante o processo de checkout com as informações registradas no banco emissor, garantindo que o cartão em uso seja legítimo e pertença à pessoa que fez a compra.
Algumas maneiras pelas quais as empresas de e-commerce podem verificar transações:
Serviço de verificação de endereço (AVS): o AVS é uma ferramenta usada por processadores de pagamentos para comparar o endereço de cobrança fornecido pelo cliente ao endereço registrado no emissor do cartão. Se o endereço não bater, a transação pode ser sinalizada ou recusada, reduzindo o risco de fraude.
Valor de verificação do cartão (CVV): o CVV é um recurso de segurança encontrado em cartões de crédito e débito, consistindo em um código de três ou quatro dígitos que é exclusivo para cada cartão. Ao exigir que os clientes informem o CVV durante o processo de checkout, as empresas podem verificar se a pessoa que faz a compra tem posse física do cartão, reduzindo a probabilidade de fraudes com dados de cartões roubados.
3D Secure (3DS): 3D Secure é uma segurança adicional para transações online com cartão de crédito e débito. Esse processo de autenticação exige que o cliente verifique sua identidade por meio de uma senha de uso único ou autenticação biométrica, garantindo que seja o titular do cartão quem faz a compra. Exemplos de protocolos de 3D Secure: Verified by Visa, Mastercard SecureCode e SafeKey da American Express.
Integração com gateways de pagamento: a integração de sistemas de verificação de endereço e cartão com seu gateway de pagamento ajuda a criar um processo de checkout fácil e seguro para os clientes e reduz o risco de fraudes.
Equilibrar segurança e experiência do usuário: embora o uso de sistemas de verificação de endereços e cartões possa ajudar a evitar fraudes, é importante equilibrar as medidas de segurança com uma experiência de usuário tranquila. Processos de verificação excessivamente rigorosos podem resultar em falsas recusas e clientes frustrados. Revisar e otimizar regularmente os processos de verificação pode ajudar a alcançar esse equilíbrio.
15. Conexão com outras empresas e organizações do setor
Comunicar-se com outras empresas e organizações do setor pode ser uma estratégia valiosa para empresas de comércio eletrônico no combate à fraude. Com colaboração e compartilhamento de dados, as empresas podem aprender com as experiências umas das outras, conhecer novas tendências de fraudes e adotar práticas recomendadas para prevenção e detecção de fraudes. Essa abordagem cooperativa ajuda a criar um ecossistema de comércio eletrônico mais forte e seguro.
Participar de fóruns do setor, conferências e redes ou associações profissionais pode facilitar a comunicação e a colaboração entre empresas, processadores de pagamento, especialistas em segurança e autoridades. O compartilhamento de informações sobre padrões, táticas e técnicas de mitigação de fraudes pode ajudar as empresas a antecipar-se às novas ameaças e desenvolver estratégias antifraude mais eficazes.
Além disso, as empresas podem aproveitar a colaboração com especialistas em segurança cibernética e pesquisadores de segurança, que podem fornecer consultoria especializada, informações sobre ameaças e soluções de ponta para aprimorar seus recursos de prevenção e detecção de fraudes.
16. Utilizar biometria e análise comportamental
A utilização de biometria e análise comportamental na prevenção de fraudes de comércio eletrônico é uma maneira poderosa e sofisticada de verificar as identidades dos clientes e detectar fraudes. Essas tecnologias analisam características físicas únicas e padrões de comportamento do usuário para autenticar os usuários, fornecendo uma camada adicional de segurança que é difícil para os fraudadores replicarem ou contornarem.
A biometria se refere ao uso de traços físicos, como impressões digitais, reconhecimento facial ou padrões de voz, para verificar a identidade de um usuário. Muitos smartphones modernos e outros dispositivos vêm equipados com sensores biométricos, tornando conveniente para os clientes usarem esses recursos durante o processo de autenticação. Com a biometria incorporada às medidas de segurança, as empresas de comércio eletrônico podem aumentar a precisão da verificação do cliente e reduzir o risco de acesso não autorizado ou violação de conta.
A análise comportamental, por outro lado, envolve a análise de padrões de comportamento do usuário, como movimentos do mouse, dinâmica de pressionamento de teclas, hábitos de navegação ou tempo gasto em uma página. Esses padrões podem ajudar a diferenciar clientes genuínos de golpistas, porque estes geralmente exibem comportamentos distintos que fogem da norma. Ao monitorar e analisar esses padrões, as empresas de comércio eletrônico podem detectar e responder a possíveis fraudes em tempo real, minimizando perdas financeiras e danos à reputação.
A incorporação dessas estratégias à estrutura atual de prevenção, detecção e resposta a fraudes permite às empresas aprimorar ainda mais suas medidas de segurança e proteger a si mesmas e a seus clientes contra fraudes no comércio eletrônico.
O conteúdo deste artigo é apenas para fins gerais de informação e educação e não deve ser interpretado como aconselhamento jurídico ou tributário. A Stripe não garante a exatidão, integridade, adequação ou atualidade das informações contidas no artigo. Você deve procurar a ajuda de um advogado competente ou contador licenciado para atuar em sua jurisdição para aconselhamento sobre sua situação particular.